A máfia da blogosfera
29
Jun 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:30link do post | comentar | ver comentários (3)

A lógica é, então, esta: Portugal não está a fazer uma boa execução do QREN, mas como os outros também não, não há problema. Não, caro Paulo Ferreira, ainda não funciona desse modo.

O facto de Portugal ser o 4º - até podia ser o 1º - na taxa de execução, por si só, não significa que esteja a fazer bem. Significa apenas que os outros estão a fazer pior. Nesta questão em particular não é honesto falar em contradição de Paulo Rangel, pois não houve nenhuma. A crítica é muito acertada, até porque, se é verdade que os outros fazem pior aproveitamento, é também verdade que a nossa situação é muito particular. O actual QREN foi um presente da Comissão, um último, para que descolássemos, depois de anos e anos a aproveitar mal aquilo que nos chegava - tão mal, que dos quatro da coesão somos o pior na actualidade. Não é bom brincar com esta situação, que é muito mais grave do que a generalidade pensa.


14
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 23:40link do post | comentar

Quebrou-se o tabu e foi, finalmente, anunciado o cabeça de lista ao Parlamento Europeu do PSD: Paulo Rangel foi o escolhido.
Há quem diga que a escolha foi óptima, há quem diga que foi um desastre. Eu, que de apostas não gosto muito, não faço prognósticos antes do fim do jogo: o tempo e a campanha o dirão. Sobre Marques Mendes tenho a dizer que, sendo um excelente político e de uma inteligência rara no meio, seria um verdadeiro Menezes se se candidatasse. Não houve alminha que não interiorizasse a sua versão do "Basta!" de Soares.
Há duas notas importantes a reter deste anúncio de candidatura, uma positiva e uma negativa. Do lado da negativa foi o discurso também ele negativo de Paulo Rangel logo ao início: um discurso de candidatura não se quer a desbaratar contra os adversários, a apontar-lhes os defeitos e rugas, mas sim com propostas próprias, propósitos de candidatura: nós, eles que venham depois. Positiva foi, para mim, a sobriedade com que foi anunciado o candidato. Sem músicas gladiadoras, sem coloridos, sem palcos e sem audiências de centenas. Um candidato, uma candidatura. Espectáculo? Esse haverá na campanha, que é para isso mesmo.
Se sabe de Europa, não sei. Mas uma coisa que sei é que o Parlamento perderá um excelente deputado, porque se tem havido figura, dentro dos parâmetros mínimos de credibilidade, capaz de confrontar José Sócrates, essa figura é Paulo Rangel.
 
Nota: imagem roubada gentilmente cedida pelo RMD

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