A quem aproveita?, por Jorge Assunção.
O problema é o cenário que permitiu isto e que gerou decisões como estas – e que teve o seu epicentro público no discurso inaugural do congresso do PS. Que o primeiro-ministro não ordenou à administração da TVI o fim do Jornal Nacional? Pode acreditar-se. Mas o que acontece é que o primeiro-ministro tinha pedido o seu fim.
Francisco José Viegas, no Origem das Espécies.
Uso "esquerda" e "direita" por facilidade. Porém, em relação aos grandes pensadores do político, será que essa designação faz realmente sentido? E não estou sequer a falar de Platão, Aristóteles, Maquiavel ou Hobbes. Falo de Locke, Montesquieu, Adam Smith, Hume, Burke, Benjamin Constant, Tocqueville, todos, cada um à sua maneira, liberais. São de esquerda ou de direita? E que quereria isso dizer?
Paulo Tunhas, no i
[via PPM]
«Será interessante constatar, no entanto, que Sócrates, não sendo complexo, possui vários complexos. O mais proeminente é, neste momento, o complexo de inferioridade provocado pelos resultados das eleições europeias. O primeiro-ministro sabe que, por culpa própria, parte em desvantagem para as legislativas, e portanto resolveu seguir a estratégia pueril das crianças mal comportadas na véspera de Natal: adoptam a postura suave e sonsa de quem nunca fez traquinices, comem a sopa até ao fim e prometem dotar mais generosamente o orçamento da cultura.»
Ricardo Araújo Pereira, na Visão
É curioso como em Portugal estas coisas são tão difíceis de perceber. Ide ler o texto de Daniel Hannan «Let's have lots of referendums».
Apesar de achar que o Henrique Raposo coloca em palavras um gigantesco wishful thinking, não posso deixar de recomendar o texto «O PSD quer ser o quê?». Para que o PSD faça tudo aquilo, era preciso que mudasse todos ou quase todos os quadros e passasse a ser um outro partido. Mas que seria excelente, isso seria.
Salazar visto por Sócrates, por Pedro Correia.
«Imaginem só se esta frase tivesse sido proferida por um 'político de direita' - de Santana a Portas, de Marcelo a Jardim, de Cavaco a Ferreira Leite: é fácil imaginar a torrente de indignação que de imediato inundaria jornais e blogues (...)»
Eu sei que isto parece aquele tipo de conversa da tanga, mas curiosamente Will Wilkinson pensa precisamente o mesmo que eu no que respeita à questão da probreza e dos Direitos Humanos. É raro encontrar uma coincidência tal de pontos de vista.
Já tem algumas semanas, mas poderia ter sido escrito ontem. É imprescindível ler o artigo de João Marques de Almeida, com o título «As grandes simplificações», para o Diário Económico.
Mataram a minha praia, por Teresa Ribeiro.
«(...) A Câmara Municipal de Almada nunca perdoou à Caparica não votar PCP. Por mero revanchismo abandonou-a aos patos bravos deixando que ali se instalasse o caos urbanístico, com muitas torres e bairros clandestinos - porque o povo também tem direito a uma casa de férias. (...)»
José Cardoso Rosas defende que a Direita se deve transformar em Esquerda. Era mais fácil, sim senhor.