A máfia da blogosfera
22
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:01link do post | comentar | ver comentários (1)

Ao que parece foram delineados pelo Papa Pio XII planos para que, caso fosse raptado pelos nazis, a sua resignação seria automática e o Vaticano mover-se-ia para um outro país católico, preferencialmente um país neutro, como Portugal. Vale a pena ler o artigo do Daily Telegraph.


13
Fev 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:46link do post | comentar

Muita gente tem medo dos azares que uma sexta-feira treze possa trazer. É legítimo. Eu, por exemplo, fico com pele de galinha sempre que 'passo' uma terça-feira vinte e três. Coisas minhas. Mas já que hoje é sexta-feira treze, faço um pouco de serviço público e explico o fundamento desta superstição, que já é mais velha que o Darwin.

Já todos ouvimos falar dos Cavaleiros do Templo, ou, dito de outra forma, da Ordem dos Templários. Esta Ordem cujo propósito era evangelizar as terras infiéis, foi criada no ano de 1119. Após a sua criação, cresceu imenso e por toda a Europa houve gente a entrar nela. A rede era extensa, cobria todos os países europeus, incluíndo Portugal.

Com toda esta extensão, a Ordem começou a ganhar poder e influência. Eram-lhe dadas terras e bens por quem nela entrava e pelos próprios Estados. Foi com os Templários que se criou o primeiro sistema bancário, muito rudimentar é certo, mas ainda assim inovador. O poder da Ordem era francamente avassalador e tanto Reis como a própria Igreja começaram a temê-la e a invejar-lhe as "economias". Assim, em 1307, duzentos anos depois da sua criação, o Rei francês Filipe IV, o Belo, mandou encarcerar todos os templários, acusando-os de heresia e queimando na fogueira os seus líderes. Tudo isto aconteceu no dia 13 de Outubro de 1307, sexta-feira.

A partir daí, a superstição sobre as sextas-feiras treze enraizou-se, até porque nem todos os templários morreram, muitos conseguiram fugir ou receber apoio de alguns reis, como foi o caso do nosso D. Dinis que criou a Ordem de Cristo, que em muito nos ajudou nos descobrimentos do século XV e XVI.

Está explicado.

 

Também publicado aqui.


30
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 11:37link do post | comentar | ver comentários (3)

'Que se tenha o máximo de documentação - façam filmes - gravem testemunhos - porque, em algum ponto ao longo da história, algum idiota se erguerá e dirá que isto nunca aconteceu'

 

General Eisenhower

 

Nunca esta frase proferida por Eisenhower há 60 anos quando se deparou com o horror dos campos de concentração nazi foi tão pertinente como agora.

O bispo Richard Williamson, excomungado pelo Para João Paulo II em 1988, é conhecido pelas suas declarações negacionistas relativamente ao Holocausto. Segundo ele, "morreram cerca de 300.000 judeus, mas nenhum deles nas câmaras de gás". Loucos há em toda a parte e se o senhor insistia em defender o indefensável sem se basear em nada de concreto, que o fizesse longe da Igreja. Ora, sucede que Bento XVI levantou a excomunhão de Richard Williamson no passado dia 26, levantando uma onda de indignação na comunidade judaica, o que considero completamente normal. Mais grave que isso é ver outros clérigos virem em sua defesa e, pior, em defesa das suas declarações. É o caso de Floriano Abrahamowicz, que em entrevista ao La Tribuna di Treviso disse: "sei que as câmaras de gás existiram, pelo menos para desinfectar, mas não saberia dizer se elas causaram mortos ou não porque não aprofundei a questão".

Este tipo de declarações não teriam, em condições normais, importância nenhuma. Se eu fosse para a rua dizer que a gravidade não existe as pessoas não olhavam para mim mais que dois segundos. O problema é que a questão do Holocausto é forçosamente de tratamento delicado, mais não seja por ainda estarem vivas vítimas do terror nazi que viram as suas famílias morrer às mãos de quem mais não tinha contra elas a não ser ódio racial. Há questões de uma delicadeza que não permite um tratamento tão leviano como aquele que estes dois senhores lhe estão a dar. Seria interessante que Bento XVI revisse as suas opiniões.


26
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 23:23link do post | comentar | ver comentários (1)

Este ano assinalam-se os 250 anos do assassinato dos Marqueses de Távora e dos seus descendentes. Curiosamente, não oiço falar de blogues dedicados ao assunto ou coisas que tais. Há realmente episódios que estariam melhor apagados dos livros. Como não gosto de passar borrachas no passado e acredito que também as sociedades aprendem com os erros, deixo aqui o link para um blogue que escrevi já há bastante tempo sobre o assunto: A Saga Távora Continua. Tem apenas meia dúzia de posts, mas curiosamente tem sido muito comentado e ainda hoje recebo e-mails de pessoas que por lá passaram. Provavelmente vou reactivá-lo agora.


25
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:37link do post | comentar
Adeus, até ao meu regresso, no Jumento

«Umas das recordações da quadra natalícia que me ficaram da infância foram as horas intermináveis da RTP transmitindo as mensagens de Natal ds soldados portugueses que combatiam em África. Era curtas, cada soldado dizia o nome e o posto, desejava um bom Natal aos familiares e terminava invariavelmente com um “adeus e até ao meu regresso”.
Não sei o que me prendia ao televisor mas a inexistência de alternativas `RTP, a não ser a TVE, levou a que pelos meus olhos tivessem passado muitoss milhares de soldados portugueses, o “adeus, até ao meu regresso” ficou-me gravado para sempre na memória.
Recordo este facto para lembrar que muitos deles não regressaram, foram mandados para uma guerra pelo Estado português, morreram e por lá ficaram abandonados, alguns em cemitérios, muito nem isso, esquecidos por todos menos pelos seus familiares, muitos dos quais os terão visto pela última vez nestes programas da RTP. (...)»


13
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:32link do post | comentar
Ao longo de muitos anos fomos um país onde a inovação não foi relevante na sociedade. Nunca tivemos grandes cientistas, prémios nobel, investigadores de renome a nível mundial. Diz-se até desta nossa província espanhola que começámos a Revolução Industrial com mais de 50 anos de atraso. Sempre se deveu isto em grande parte ao facto de se terem considerado sempre as grandes obras, os grandes monumentos, as grandes extravagâncias para inglês ver mais importantes que o conhecimento - curioso, pouco mudou. Felizmente, agora, estamos a um volte-face em relação a esta triste realidade de séculos como nação: já temos universidades e investigadores reconhecidos a nível mundial, já temos uma balança tecnológica com saldo positivo, já temos a Investigação e o Desenvolvimento como pontos fortes no que respeita à afectação da riqueza criada, mais: o gasto em inovação é maioritariamente vindo de empresas privadas, o que demonstra que a percepção da importância da inovação não é algo fechado em S. Bento, mas sim uma constante nos conselhos de administração. E neste aspecto, e é verdade, a responsabilidade fica muito a dever-se ao governo de José Sócrates que sempre olhou para o investimento em I&D como ponto incontornável no crescimento sustentado e duradouro de uma economia.

19
Out 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 22:36link do post | comentar
Francisco Almeida Leite no Corta-fitas

«É um assunto que tenho acompanhado com preocupação e espanto. Uma nau portuguesa naufragada ao largo da Namíbia por volta de 1525 foi recentemente encontrada por mergulhadores, contendo um achado precioso, já avaliado em 70 milhões de euros. Só que, para nossa desgraça, aquele país africano não é signatário da convenção da UNESCO sobre achados arqueológicos. Chocados? Eu também. Uma nau que tem uma carga com moedas de ouro e prata, espadas, canhões, astrolábios, compassos, toneladas de cobre e de estanho e centenas de barras de ouro vai ficar nas mãos da Namíbia! E, segundo li no Expresso desta semana, que traz mais um importante desenvolvimento sobre a matéria, o Governo português não pretende sequer recorrer à Convenção Internacional dos Direitos dos Mares, porque isso "seria entrar numa guerra sem retorno". (...)»

Vi uma reportagem televisiva sobre isto ainda esta manhã e partilho a indignação do Francisco. É inaceitável que património histórico português fique retido na Namíbia. Seria o mínimo que o Ministério dos Negócios Estrangeiros fizesse umas nogociações (é para isso que serve...) para, pelo menos, se chegar a algum acordo. Mas pelos vistos, por cá, nem do que é nosso gostamos. Não me admira que apareçam cada vez mais e mais grupos nacionalistas neste nosso Portugal à beira-mar plantado.

05
Out 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:39link do post | comentar | ver comentários (2)
Foi dia 5 de Outubro de 1910 que em Portugal o poder passou de um presente de Deus ao Rei para um presente do povo ao povo. Para o bem e para o mal, viva a República!

14
Set 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:03link do post | comentar
Comprei a revista Sábado há pouco por causa de um artigo que me chamou a atenção: "Como os manuais escolares deturpam factos históricos". Quando li o artigo de cinco páginas não pude deixar de ficar francamente preocupado com aquilo que anda a ser ensinado nas escolas. Para dar alguns exemplos, alguns livros de História de 9º e 12º ano dizem explicitamente que o maccarthismo é comparável ao estalinismo, que os EUA regem-se pelo unilateralismo violento e criam cisões no mundo ocidental, que a Revolução Cultural chinesa teve poucos ou nenhuns mortos, que a globalização veio converter o mundo num "vasto casino, onde as mesas estão repartidas em todas as longitudes e latitudes", assumindo, portanto, as ideias de Maurice Allais; que Fidel Castro não queria o socialismo para Cuba, apenas seguiu esse caminho por causa do bloqueio americano e mais algumas pérolas daquilo a que se pode chamar impor as ideologias privadas dos autores dos livros aos indefesos estudantes que apenas aprendem o que se lhes ensina. Para desmascarar estas enormidades foram convidados pela Sábado alguns profissionais da coisa, entre os quais Maria Filomena Mónica e Luís Aguiar-Conraria que através dos comentários fizeram transparecer a incredulidade que sentiam no momento. É assim que o nosso ensino vai melhorando, autorizando-se livros com cargas ideológicas fortíssimas para serem adoptados nas escolas públicas.

*Título gentilmente cedido pelo JPP.

08
Ago 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:19link do post | comentar | ver comentários (5)
Há coisas do diabo. Estava no portal Sapo, que por acaso é a minha página inicial, quando vi um quadradinho que nos remetia para os acontecimentos do dia 08.08.08 (hoje). Aí vejo que um luso-brasileiro chamado Bartolomeu de Gusmão inventou no dia 08.08 mas de 1709 o primeiro balão de ar quente. Este Bartolomeu de Gusmão é o padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão do Memorial do Convento cuja vida documentada pelos historiadores é quase igual à descrita por Saramago. Mais um sinal do brilho deste génio. Vejam a página aqui.

03
Ago 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:42link do post | comentar | ver comentários (2)
Foi há 40 anos que se deu o incidente que levou à saída de Salazar da Presidência do Conselho.
Vivam as cadeiras de lona do Estoril que ditam o fim das ditaduras!

25
Jul 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:22link do post | comentar | ver comentários (1)

Enquanto passeava na Wikipedia (sim, eu vou à Wikipedia) vi uma coisa fantástica naquela caixinha dos dias: D. Afonso Henriques nasceu há 899 anos, no dia 25 de Julho. Curiosamente foi também num dia 25 de Julho 30 anos depois que o mesmo D. Afonso Henriques venceu a Batalha de Ourique. Parabéns a ti Afonso que tornaste Reino esta pequena praia.

P.S.: Como é que o dia 25 de Julho não é feriado nacional?

17
Jul 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:16link do post | comentar | ver comentários (5)

Ontem fizeram 90 anos do assassinato da Família Romanov, isto é, da afirmação em pleno do Comunismo de Lenine na Rússia. O assassinato, que por si só já é bárbaro, dos Romanov foi particularmente cruel. Segundo relatos que li, aquela família foi guardada em Ekaterimburgo no seu Palácio de Verão sem quaisquer condições para uma vida digna, segundo os padrões da altura. Depois de meses em cativeiro, no dia 16 de Julho, foram convidados a tirar uma fotografia, uma última fotografia, para depois serem brutalmente executados por fuzilamento. Depois do caminho aberto, depois do Exército Branco deixar de ser ameaça, o PCUS (o partido comunista da Rússia) tratou de transformar a Rússia por completo, para um palco de morte, fome e miséria. As mortes causadas pelo regime comunista são incontáveis, os números variam entre os 20 e os 40 milhões, desde as purgas dentro do próprio PCUS causadas pela esquizofrenia Estaliniana até ao simples camponês visto como ameaça e enfiado num Gulag com uma chávena de chá com 8 gramas de açúcar a servir de ração diária, por toda a Rússia se sentiu o terror comunista. O comunismo causou tantas ou mais mortes que o nazismo, o fascismo ou qualquer outro ideal, no entanto, anda por aí, a contaminar os Parlamentos por essa Europa fora, sem que NUNCA um comunista tenha sido condenado pelos seus actos. Isto mete-me nojo. Mete-me nojo o cinismo dos comunistas quando se referem aos EUA - que dão uma lição de democracia a qualque comunista, quando se referem à ameaça neo-nazi, quando condenam actos, decerto condenáveis, mas não por quem não tem autoridade moral para tal. Quando é que o socialismo totalitário, quando é que as insurrecções armadas, quando é que as pretenções de autocracias são, de uma vez por todas abolidos? Quando é que o comunismo vai ser tratado da forma que merece: como uma ameaça à humanidade?

Adenda: e agora isto, se Russell ainda estivesse vivo, teria novas razões para escrever Por que não sou cristão?

14
Jul 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:38link do post | comentar

Foi no dia 14.VII.1789. Um grupo de revolucionários, toma de assalto a bastilha, símbolo do poder real francês. Foi a primeira etapa da luta que ainda hoje se trava, a luta pela Liberdade, pela Igualdade e pela Fraternidade.

07
Jul 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 22:46link do post | comentar


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 22:45link do post | comentar


18
Jun 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 12:58link do post | comentar
Agora que tanto se fala do Tratado de Lisboa, pensei em ir ao baú da Europa, procurar quem teve a culpa da criação do maior bloco económico do mundo. Pelos vistos, a Europa é um bocadinho estranha, tem dois pais. Hoje vou falar apenas do pai francês Jean Monnet, para uma próxima ficará Robert Schumman.
 

Nascido em 1888, em França, o pequeno Jean Monnet estava destinado a trabalhar no negócio familiar de cognac. No entanto, desde muito novo mostrou aptidão para uma verdadeira carreira diplomática. Aos dezasseis anos foi para Inglaterra, aprender inglês. Aos dezoito, o pai envia-o para o estrangeiro, ao serviço do pequeno negócio familiar, nessa ida ao estrangeiro, o jovem Jean vai à Escandinávia, aos Estados Unidos, ao Egipto ao Canadá e à Rússia.

 
 

É em 1914 que começa o seu serviço à nação, não no plano militar, mas no plano diplomático. Ele propõe ao Presidente do Conselho que criar um plano de coordenação entre as nações aliadas. O plano é posto em prática e os Aliados vencem.

 

Devido ao seu contributo na resolução do conflito, Jean Monnet é convidado para integrar a Sociedade das Nações à data da sua fundação, em 1919. Ocupa o cargo até 1923, altura em que sai para se dedicar ao negócio familiar. Neste período ele ajuda a estabilizar a situação de vários países, nomeadamente na Europa Oriental.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, volta a destacar-se, propondo em 1940 a união total entre o Reino Unido e a França, a ideia veio tarde demais, a França já tinha sido anexada. Foi ele o responsável pela ajuda militar dos EUA à Europa em 1941, convencendo o presidente Roosevelt a fornecer o "arsenal das democracias". Segundo Keynes, esta entrada encurtou a guerra em cerca de um ano.

 
Depois do fim da guerra, as suas ideias de integração económica não cessaram. Em Alger profere o célebre discurso que dá início à ideia Europeia. Ficou célebre a sua frase: "fazer a Europa é fazer a paz". Em 1950, juntamente com Schumman, propõe uma alta autoridade que regule a produção do carvão e do aço, recursos essenciais para a reconstrução europeia. Assina-se em 1951 o Tratado de Paris que dá início à CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço), que contará no início com seis países: França, RFA, Itália, Luxemburgo, Bélgica e Holanda. Jean Monnet será o primeiro presidente da CECA.

 
Em 1955, Monnet quer ir mais longe e cria o Comité de Acção para os Estados Unidos da Europa, propondo que a Europa deverá, no futuro, unir-se ainda mais, criando um Mercado Comum, uma União Monetária, um Parlamento Europeu de sufrágio universal, uma Comissão Europeia e diz ainda que a Inglaterra deverá aderir. Até ao fim da sua vida, Jean Monnet teve a séria convicção que a única forma de os países europeus crescerem era através da integração económica.

No fim da sua vida dedica-se a escrever as suas memórias. Morre em 1979, sendo os seus restos mortais depositados no Panteão Nacional francês.

Gostaria de no fim deixar duas frases repetidas por Jean Monnet que são verdadeiramente inspiradoras:

"Je ne suis pas optimiste, je suis déterminé"

"Il y a deux catégories d'hommes : ceux qui veulent être quelqu'un et ceux qui veulent faire quelque chose"


Fonte: Associação Jean Monnet

17
Jun 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:24link do post | comentar
Este belíssimo texto de Carlos Amaral quase nos transporta para aqueles rebeldes e apaixonados cafés parisienses. Vale muito a pena lê-lo.

http://instantesdecisivos.wordpress.com/2008/05/23/na-margem-da-rebeliao/

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