A máfia da blogosfera
22
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:16link do post | comentar
Cabe a um bom bloguista (será provavelmente a melhor forma de "aportuguesar" blogger) recomendar, assim a dois dias da véspera de Natal, umas coisinhas para oferecer. Não quero eu que fique um único afilhado desprezado pelos seus padrinhos, por isso:

(aviso desde já que alguns não são propriamente novidade, mas ainda assim recomendo-os)

Isto em relação aos livros. Quanto a álbuns, recomendo o "Canção ao Lado" da Deolinda, "Tributo a Carlos Paião" de vários autores (a Vinho do Porto cantada pelos Donna Maria está fantástica) e o "Todos Cantam Zeca Afonso" de vários autores novamente.
Finalmente, recomendo vivamente a compra do DVD da primeira série dos Contemporâneos.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 11:37link do post | comentar
Vi o programa dele duas ou três vezes, durante meio segundo no decorrer da prática do meu desporto favorito: o zapping. Não prestei atenção. Pensei que fosse mais um bocadinho de lixo televisivo que o filtro que é a Sic Radical tantas vezes passa.
Nem nunca mais me lembrei daquilo.
Há uns dias, li o escrito de João Bonifácio sobre ele. Dizia que o amava. Dizia que o personagem era a "personificação" (entre aspas por ser um cão e por não existir a "canificação") de Portugal. Achei graça. Depois li o texto das Miss Woody e Miss Allen sobre ele. Decidi prestar atenção. E adorei.
O Bruno Aleixo é, e não estou a exagerar, um verdadeiro Génio. E é-o não por me fazer rir à gargalhada, que não faz, é-o por ser inovador. Quem é que se lembra de criar um programa, com um genérico que parece o de um programa da RTP Memória, no qual um cão sentado numa poltrona de idoso conversa com um busto de Napoleão (ou outro qualquer finado ilustre com um chapelinho bem catita), chamado Busto. Mais. A conversa é simples nonsense: o cão fala de tudo, conseguindo não dizer nada. É, e aqui o João Bonifácio tem razão, um daqueles "tipos que são iguais à avó", "que apenas abre a boca para rezingar, mandar vir, reclamar e mostrar, por argumentos insondavelmente insanos, que todos os outros são idiotas". É isto o Bruno Aleixo.
E agora vejo a minha vida a andar para trás. São as dezenas de blogues que leio diariamente (maldita qualidade lusa!), são as dezenas de episódios dos Contemporâneos que tenho de ver no site da RTP, porque nunca acerto nem no dia nem na hora, é o trabalho (que para este rosário não é chamado, mas fica sempre bem pô-lo cá), e agora o maldito do programa que tenho de ver dê por onde der. Malditos génios com as suas genialidades!

21
Ago 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 22:48link do post | comentar | ver comentários (2)
Em Portugal andamos com a mania dos centenários, tudo começou há um tempo atrás com os centenários do Benfica e do Sporting e, desde aí, não tem parado! Acho muito bem, mostra que andamos atentos aos factos da nossa própria História e que lhes damos importância. Apesar disso há uma coisa que sempre me transcendeu: celebramos sempre centenários das mortes e nunca dos nascimentos. Durante o próximo ano vai decorrer o nono centenário do nascimento de D. Afonso Henriques, situação que, ao que julgo, seria uma óptima oportunidade de recordar a vida do nosso primeiro monarca que batia na mãezinha. Todos nós sabemos quem ele foi, mas sabemos muito pouco sobre ele: apenas que foi quem fundou o país, que lutou contra a mãe, contra o primo espanhol e contra os mouros. Mais nada! Proponho a essas Associações que assinalam estas datas uma alteração nos usos e que celebrem o nono centenário do nascimento, pois, provavelmente, não estarei cá para celebrar o milénio.
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20
Ago 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:11link do post | comentar
José Saramago, aquele velhinho que defende a incorporação de Portugal em Espanha, aquele velhinho que foi proibido por Pedro Santana Lopes (Secretário de Estado da Cultura numa das legislaturas de Cavaco Silva) de concorrer a um prémio com o seu controverso Envangelho Segundo Jesus Cristo, aquele velhinho que escreveu o Memorial do Convento que é ensinado nas escolas passados mais de vinte anos depois da sua edição, aquele velhinho que nos fez tremer quando o imaginámos desaparecido por causa de uma doença grave, acabou mais um livro: A Viagem do Elefante, sobre um elefante de seu nome Salomão. Ou muito me engano ou vou ter uma primeira edição na estante que será assinada naquele belo evento, que será o 79º.

11
Ago 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:03link do post | comentar

Morreu Isaac Hayes. O Chef fica cá para nos fazer lembrar.
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21
Jul 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:47link do post | comentar
Foi hoje promulgado pelo PR o novo Acordo Ortográfico. Não tenho muito a dizer, apenas que sinto muito, sinto muito que a nossa cultura e a nossa identidade tenham sido postas em causa a bem de uma pseudo-cooperação política e económica. Apenas tenho uma coisa a dizer, venha lá quem vier, as coisas boas, para mim, continuarão a ser óptimas.

24
Jun 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:48link do post | comentar
A crónica de Desidério Murcho, hoje no Público, foi deveras boa. Este forte contestatário em relação ao Acordo Ortográfico já nos brindou diversas vezes no De Rerum Natura com textos brilhantes sobre o tema. Deixo aqui alguns excertos da crónica

«Fatos e leis

(...) Tenho escrito sobre o Acordo Ortográfico porque há dois aspectos cruciais que não têm sido discutidos. Tanto os críticos como os defensores do Acordo Ortográfico parecem concordar nestes dois pontos: que uma reforma ortográfica bem feita e imposta legislativamente é legítima; e que a desejável aproximação entre o Brasil e Portugal se consegue dando um primeiro passo legislando sobre a ortografia.

Ora, parece-me que estas duas ideias são não apenas falsas, mas constituem o tipo de falsidades que denota um certo tipo de mentalidade que urge combater.

(...) Legislar sobre a ortografia com a esperança de que isso fará dialogar os linguístas, lexicógrafos, físicos, médicos e poetas dos países de língua portuguesa é como fazer uma lei que oferece chocolates para estimular as pessoas a fazer exercício físico em vez de passarem a vida a ver televisão comendo chocolates.»


Completamente de acordo em relação ao seu desacordo em relação ao Acordo. Como já disse anteriormente, vou fazer o máximo para comprar o máximo de livros antes de estes serem revistos. Depois disso... só alfarrabistas!

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