A máfia da blogosfera
07
Set 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:32link do post | comentar
Bem sei que só venho aqui de quando em vez, quando o sr. Ramalho me pede uma perninha e eu, atrevida, acedo com agrado. Mas obriguei-me a voltar aqui para responder ali à senhora dona Eugénia que teve o desplante de dizer que sou avó do Sócrates, esse malandro. Olhe minha senhora, desta Clotilde que a terra há-de comer, deleitada, nunca brotou rebento algum, que o meu Adolfo tem lá umas coisas que não posso dizer aqui e sou mulher de um homem só. E mesmo que, por acaso do destino, me fizesse um filho o meu homem, nunca por nunca me saía um Sócrates. Com franqueza. Por quem me toma?

 

Clotilde Ernesto


06
Set 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:07link do post | comentar
Andei desaparecida. Foi. Passei umas temporadas nas exóticas terras alentejanas – ai aquele sotaque, aqueles bronzes! – e nem uma revista li, nem uma voltinha pela internet dei, nem o meu homem, o meu querido e amado Adolfo, vi. Chego cá, dou um pulinho ali ao Senhor Palomar, que mudou de casa, e vejo que celebra três meses de não-existência – afinal, quem é ele?
Eu, por mim, confesso aos queridos leitores, que sei que sou eu, Clotilde Adolfo Ernesto, quem traz leitores a esta espelunca do sr. Ramalho (já viram o pó daquela barra lateral?), que se me dão os calores sempre que leio aqueles títulos de setecentos caracteres do Senhor Palomar – perdoa-me querido Adolfo. A aura misteriosa daquele intelectual cheio de talento para escrever sobre coisas que eu, com o meu sexto ano mal amanhado, não entendo faz-me estremecer sempre que ali entro. Imagino aquele senhor – é certamente um homem e galante! – com um cachimbo sempre no canto da boca, sentado num escritório de chão de madeira que range, muito, com óculos grandes e grossos, barba grisalha – ai, senhores! – e aquelas ruguinhas paralelas que os grandes pensadores fazem entre as sobrancelhas. Sim. Ele é assim. Se não for, nem quero que me digam.
 
Clotilde Ernesto
 
P.S.: que me perdoe o Senhor Palomar por ter utilizado dois pontos de exclamação neste texto. É quase pecado, bem sei. Mas não resisti.

29
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 12:04link do post | comentar

Que ela não batia bem já eu sabia. Ela nunca me enganou. Uma mulher daquela idade a ir-me para as discotecas como se tivesse vinte anos, com aqueles penteados, aquelas pinturas na cara, e tudo, e tudo, e tudo, só me deixava mais com a pulga atrás da orelha. Agora também vos digo, nunca imaginei que fosse fazer uma coisa destas. Com franqueza. Uma senhora com filhos, que aparece nos programas da manhã a dizer-me como vai ser o meu dia (às vezes acerta, a bruxa!), aparecer toda descascada, Deus me perdoe, numa revista para a rapaziada não é correcto. A dona Maya devia ter mais cuidado com a vida dela, porque isto não é maneira de se andar. Olhem se eu, Clotilde Adolfo Ernesto, me fosse meter a tirar fotografias toda despida. Nem o meu Adolfo me voltava a botar a vista em cima. E o que iam dizer os vizinhos e os amigos do meu mais novo… Nem quero pensar. Isto já não é nada como antigamente. É o que eu estou farta de dizer: faz cá falta um Salazar, para meter isto tudo na ordem.
 
Clotilde Ernesto

23
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:43link do post | comentar

Caiu-me tudo ao chão, nem sei que vos diga. Então não é que aquela maluca da Angelina Jolie me largou o sr. Pitt? Ela nunca me enganou. Toda armada em boa e cheia de mania, a armar-se em benfeitora e a ir às áfricas buscar filhos em vez de os fazer (pois, eu sei que as estrias não são bonitas, menina) e a aparecer toda nua, cheia de tatuagens nos filmes lá da Madeira Santa. O que eu sei é que o sr. Pitt estava bem melhor com a outra mocinha do cabelo bonito. Isso sim era uma mocinha às direitas, sem manias das grandezas. Esta Angelina ouve um berro e atira-se logo para o chão a chorar para fazer este espectáculo. Já não se respeita os valores da família. Se a menina Jolie tivesse conhecido a minha mãe, que teve sete filhos dela e nunca levantou a voz ao marido, é que ia ver como era. Mas agora são todas umas senhoras. Aposto que nem limpa o pó e mete o marido a fazer a comida.
 
Clotilde Ernesto

arquivo do blogue
2009:

 J F M A M J J A S O N D


2008:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar