A máfia da blogosfera
31
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:55link do post | comentar | ver comentários (3)

Depois da eleição de Barack Obama, que ainda desconfio ter sido em grande parte causada pela sua tez morena, como diz o Berlusconni, o Partido Republicano decidiu "copiar" a ideia e tem agora um negro a liderá-lo.

 

The selection on Friday of Michael Steele, 50, as the Republican National Committee's next chairman is remarkable not merely because he is the first African American to head the party of Lincoln. The former Maryland lieutenant governor's selection is an acknowledgment by the party's leadership that the GOP must quickly recast itself if it is to remain relevant to an increasingly diverse electorate no longer moved by divisive social issues.

"He understands the importance of having candidates who appeal to different constituencies without promoting a monolithic agenda," says Kellie Ferguson, executive director of Republican Majority for Choice, a Washington-based group of moderate conservatives. (A Roman Catholic, Steele personally opposes abortion.) She added, "Hopefully, he will have an open door with social moderates and conservative Republicans and bring everyone together under what will truly be a big tent." (Time)

 

Será possível que depois de séculos de segregação racial, os candidatos negros passem a ser os únicos possíveis?

 


30
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 08:14link do post | comentar | ver comentários (2)

Em Inglaterra, foram retirados à mãe viciada em heroína os seus dois filhos. Se o processo fosse conduzido "normalmente", a custódia seria entregue aos avós, mas não:

 

«Los hechos se han hecho públicos ahora, pero se remontan al mes de agosto pasado, cuando los trabajadores sociales de Edimburgo ordenaron a la madre que sometiera su adicción a la heroína a tratamiento y dejara a sus hijos —de cuatro y cinco años— en manos de la administración. La mujer creyó entonces que la custodia quedaría en manos de sus padres. Sin embargo, los trabajadores sociales tuvieron un criterio distinto y decidieron entregar la patria potestad de los pequeños a una pareja de homosexuales.

Al parecer, los abuelos fueron rechazados por motivos de edad —él tiene 59 años, ella 46— y por razones de salud: ella padece diabetes y él, angina de pecho» (El País, via Twitter)


26
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:28link do post | comentar

Anne Wortham, professora de sociologia da Illinois State University destrona Obama:

Please know: I am black; I grew up in the segregated South. I did not vote for Barack Obama; I wrote in Ron Paul’s name as my choice for president. Most importantly, I am not race conscious. I do not require a black president to know that I am a person of worth, and that life is worth living. I do not require a black president to love the ideal of America.

I cannot join you in your celebration. I feel no elation. There is no smile on my face. I am not jumping with joy. There are no tears of triumph in my eyes. For such emotions and behavior to come from me, I would have to deny all that I know about the requirements of human flourishing and survival - all that I know about the history of the United States of America, all that I know about American race relations, and all that I know about Barack Obama as a politician. I would have to deny the nature of the “change” that Obama asserts has come to America. Most importantly, I would have to abnegate my certain understanding that you have chosen to sprint down the road to serfdom that we have been on for over a century. I would have to pretend that individual liberty has no value for the success of a human life. I would have to evade your rejection of the slender reed of capitalism on which your success and mine depend. I would have to think it somehow rational that 94 percent of the 12 million blacks in this country voted for a man because he looks like them (that blacks are permitted to play the race card), and that they were joined by self-declared “progressive” whites who voted for him because he doesn’t look like them.

O texto está aqui.

 

(via Ordem Livre)


20
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:03link do post | comentar | ver comentários (2)

Não vou falar do discurso de Barack Obama, até porque não o ouvi. Não vou afirmar que Barack Obama vai ser o grande salvador do mundo neste princípio de século, ou o contrário. Vou apenas constatar um facto: apesar de Barack Obama ser a cara da mudança na América, é inevitável observar que a sua "inauguration" é o resultado do mundo que Bush enfrentou. Milhões de pessoas obrigadas a segurança apertada, a abrir malas e a deixarem-se revistar, para que nada acontecesse. Há rastos que, por mais que tentemos apagar, ficam para sempre presentes.


10
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:29link do post | comentar

Via O Insurgente

08
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:39link do post | comentar | ver comentários (5)
Ao anunciar esta notícia, o Gabriel Silva do Blasfémias utilizou o título "O Caminho da Servidão". Deixei um comentário no post, mas como a matéria é interessante, decidi eu próprio escrever sobre o assunto.
Para ser franco, e apesar de partilhar dos ideais liberais, não vejo a vinda de grande mal ao mundo com a constituição de um tal conselho. Isto se, e só se, o conselho que se pensa fazer fosse apenas consultivo. Isto é, “recomendasse” linhas de actuação e não as impusesse. Porque é que acho que poderia ser interessante algo do género? Para facilitar. Sim, porque a verdade é que numa economia de mercado os investidores têm de decidir em que investir e muitas vezes isso é extremamente complicado, nomeadamente para quem começa uma nova empresa ou para quem não tem grandes conhecimentos de Economia. Um Conselho como esse poderia “sugerir” quais as ramos de actividade rentáveis e não rentáveis, alertar para bolhas e para os seus “rebentamentos”. Nunca, obviamente, com planos à Estaline, obrigatórios, mas sim com recomendações meramente indicativas. Iria trazer muita estabilidade a algumas economias provavelmente.
O problema é se o Conselho tornasse as suas orientações regras e as economias mundiais ficassem dependentes das resoluções da entidade, tal como a diplomacia actualmente está em grande parte dependente do Conselho de Segurança da ONU. Se tal acontecesse, teríamos dois problemas fundamentais. Em primeiro lugar, o tal Conselho iria, como facilmente se prevê, beneficiar uma parte em detrimento da outra, ou seja, as resoluções do Conselho não iriam afectar a todos de igual maneira. Em segundo lugar, teríamos como regra instituída toda uma linha de pensamento muito associada ao modelo social europeu, muito próxima da social-democracia e do Estado-Providência, a qual é considerada por muitos como uma linha de pensamento errada, incluíndo-me eu no grupo.
Depende muito do que se pretende. A pretender-se a segunda opção, espero que ninguém dê ouvidos à Chanceler alemã.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:43link do post | comentar | ver comentários (5)
Há cerca de uma semana atrás li um artigo na Sábado sobre o blogue Genération Y. Li o artigo durante uma viagem e fiquei curioso, dado que, segundo o texto, era um blogue escrito por uma cubana residente em Cuba e contestatária do Regime da dinastia Fidel. No entanto, por na viagem não ter Internet disponível, acabei por deixar passar a coisa. Felizmente o Pedro "lembrou" e fui visitar. Recomendo vivamente. Vejo agora que não é por acaso que Yoáni Sánchez foi considerada como uma das pessoas mais influentes do mundo em 2008.

01
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:24link do post | comentar | ver comentários (6)
A crise financeira internacional que se vive já não é propriamente novidade. Novidade vão sendo os métodos dos países para a combater. A Islândia nacionalizou a banca nacional e foi à bancarrota, estanto agora, qual país africano, a viver de ajudas internacionais - isto vindo do país mais desenvolvido do mundo segundo o Relatório do IDH. A Inglaterra andou a fazer nacionalizações parciais dos bancos, apenas para os financiar. Os Estados Unidos criaram um fundo astronómico, inicialmente criado para auxiliar o sistema financeiro, mas estendendo-se agora a "outras áreas". Mesmo nós, em Portugal, criámos um fundo de garantias de 20 bibliões de euros para que a banca não tivesse tanta dificuldade em financiar-se e chegámos a nacionalizar um banco cujos problemas tinham muito pouco que ver com a crise. E depois vem a Venezuela. Qual é a forma que a Venezuela, isto é, Hugo Chávez, encontra para tentar melhorar estes tempos difíceis? Estabelece um limite de dinheiro para os venezuelanos gastarem no estrangeiro. Sim, foi estabelecido que a partir de agora cada venezuelano pode gastar um máximo de 2500 dólares anuais em despesas no estrangeiro. Puro socialismo. É inaceitável que um estado se reserve o direito de decidir quanto dinheiro as familías podem gastar no que quer que seja. A questão nem é económica aqui, o que aqui está posto em causa é a liberdade individual dos venezuelanos. Até que ponto se permite a pretensa omnipotência de um estado e de um homem?

29
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:32link do post | comentar | ver comentários (2)
Há algum tempo houve por terras lusitanas um peculiar concurso cujo objectivo era eleger os Maiores portugueses da História. Peculiar foi o resultado. O vencedor foi o saudoso Salazar. O segundo lugar foi para o bem-amado Álvaro Cunhal. O terceiro lugar para o quase desconhecido Aristides de Sousa Mendes.
Houve na Rússia um programa nos mesmos moldes e as conclusões são fantásticas. Cinquenta milhões de pessoas votaram e 11,5% das pessoas consideraram que Estaline foi o maior de todos os russos, ficando o ditador a apenas duas décimas do primeiro lugar.
É impressionante a rapidez com que todo um povo reabilita indivíduos que tanto mal fizeram à humanidade. O caso de Estaline, dado como responsável por dezenas de milhão de mortes é, provavelmente, o mais incompreensível. Durante trinta anos este louco fez em cada russo um inimigo, enviando tantos quanto podia para gulags, fazendo purgas no próprio PCUS e criando até um pacto de não-agressão com Hitler. E por falar em Hitler, só este falta. Na Alemanha ainda é tabu, mas não restem dúvidas que os movimentos neo-nazis estão aí e em força.
Peroai-lhes Senhor, que não sabem o que fazem.

28
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:42link do post | comentar | ver comentários (3)
Há neste momento, na América, um coro de protestos de pessoas que querem ver a Administração Bush julgada por crimes de guerra. Se eu não achasse que tudo isto é sol de pouca dura e que o movimento nacional vai acabar por parir um rato, ficaria francamente contente.
A verdade, e isto já é um lugar comum, bem sei, é que se há coisa que a terra da liberdade não foi é "correcta", se correcto se pode ser em tempo de guerra. E o pior dos podres destes últimos anos foi, sem sombra para dúvidas, Guantánamo. E Guantánamo é apenas uma sinédoque para todos os centros de detenção onde se torturaram presos para arrancar convenientes confissões. Quem não se lembra de umas imagens de há uns anos, de um centro de detenção no Iraque, onde apareciam homens nus a ser maltratados?
Se eu mandasse, frase tão repetida nesta nossa ocidental praia e que só pode querer dizer que todos queremos mandar em algum momento, eu imporia um julgamento a George W. Bush, Dick Cheney e Donald Rumsfeld. O mais provável seria que desse julgamento resultasse uma condenação semelhante à de outros criminosos de guerra.

23
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 08:55link do post | comentar
«O livro Así es Fidel (Assim é Fidel) com anedotas e episódios de Fidel Castro contados por personalidades mundiais foi lançado na segunda-feira em Havana»

Sol


22
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:07link do post | comentar
«A câmara alta do parlamento russo aprovou hoje por unanimidade a emenda à Constituição que prevê uma extensão do mandato presidencial de quatro para seis anos. Todos os 142 senadores presentes votaram a favor de uma presidência mais longa, naquele que foi o último passo legislativo do processo de aprovação.»

Público

21
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 12:28link do post | comentar | ver comentários (3)
Este texto não tem título pelo simples facto de não ter conseguido encontrar nenhum que se adequasse.
Eu ainda não tinha ouvido falar disto, mas há dois meses, no Egipto, um professor espancou uma criança de 11 anos que acabou por morrer no hospital. A notícia diz que foi por a criança não ter feito os trabalhos de casa, mas isso pouco importa. Um professor espancou uma criança até à morte. E quando um professor espancou uma criança até à morte, o que leio é que a culpa é das turmas de cem alunos que o Egipto tem, é do mau sistema educativo que o Egipto tem, é por o professor ter 23 anos e não ser admissível que no Egipto professores tão jovens dêem aulas. Tudo o que leio é politiquice da mais absurda quando um professor espancou uma criança até à morte. Muito francamente escrevi este texto apenas para dar conta a quem me lê e não tenha ouvido falar do assunto ainda e para mostrar o quão preplexo ainda estou. Um professor espancou uma criança até à morte!

16
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:16link do post | comentar
No dia 15 de Dezembro, ontem, o ainda presidente dos EUA foi ao Iraque assinar o acordo para a retirada gradual das tropas. Durante a conferência de imprensa, um jornalista iraquiano fez algo - como direi? - insólito: atirou o que tinha calçado a Bush. Pelo que percebi, no mundo árabe é extremamente ofensivo atirar sapatos a alguém - sucintamente explicado aqui. É claro que é uma falta de respeito e uma manifestação lamentável, mas que é uma belíssima forma de terminar um mandato que trouxe duas guerras ao mundo e a morte a milhares e milhares de pessoas, lá isso é. Então se tivesse acertado...


Adenda: reparei agora, na minha ronda pela blogosfera, que a Ana Vidal tem no Risco Contínuo um texto com um título ao qual o meu se parece muito. Peço desculpa à criadora, não foi intenção.

11
Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:59link do post | comentar
O meu título esteve para ser "Autocracia, mas das boas!", no entanto, e como o protagonista aqui não é um indivíduo, mas um grupo, justifica-se a mudança de ideias.
A administração Bush propôs (reparem que é uma proposta e não um pedido) à União Europeia que acolhesse prisioneiros da base americana de Guantanamo. A razão? É simples, quer-se resolver o problema dos torturados sem julgamento sem os mandar para os países natais (onde se pensa que poderiam ser perseguidos) e sem ficarem nos EUA (culpados de tudo), porque por lá, porcaria nem pensar! Os velhos anões, provavelmente ainda preplexos com a "proposta", ainda não tomaram uma posição oficial. Mas isso não impediu que Luís Amado, esse digníssimo e competentíssimo ministro dos Negócios Estrangeiros, de afirmar prontamente que para cá podem vir à vontade, que até os recebemos com pastéis de Belém e um vinhozinho do Porto. Mais, tomou esta decisão sem que fizesse um referendo, uma auscultação da opinião pública e sem ouvir sequer a oposição.
É apenas mais um dos exemplos da falta de necessidade de "paz social" que uma maioria absoluta por cá permite.

15
Nov 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:26link do post | comentar | ver comentários (4)
«George W. Bush alerta para os perigos do proteccionismo no mundo»

Passados tantos anos de parvoíce desavergonhada, George W. Bush disse algo decente e alertou para aquilo que, para mim, é o pior em Obama: a defesa do proteccionismo para a economia americana.

05
Nov 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:15link do post | comentar | ver comentários (2)
Não vou aqui fazer um panegírico ao novo presidente dos EUA. Aplaudo o avanço tremendo da sociedade americana em não ter sentido pudor em ter um presidente negro. Quanto à actividade governativa e os benefícios para o mundo, espero para ver, apenas uma nota de receio para o ambicionado proteccionismo para a América que traria fortes problemas à economia mundial, nomeadamente à europeia. De qualquer modo, congratulations, you Won!

19
Out 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:51link do post | comentar | ver comentários (3)
Vejam esta notícia da TVI onde o ministro Rui Pereira é "apanhado" pelos microfones a falar do que não deve.


11
Out 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:23link do post | comentar | ver comentários (1)
Sarah Palin foi vista como uma refrescante brisa para a campanha de McCain quando foi escolhida: uma mulher bonita, mãe-de-família, cheia de garra no debate e que agradava à direita mais conservadora americana com as suas posições anti-aborto e pró-armas. Agora revela-se um verdadeiro tumor na campanha, um tumor que ameaça matar tudo aquilo por que passar. Primeiro vieram as gaffes e as entrevistas disparatadas, agora um escandâlo nacional: abuso de poder. Durante o seu mandato como governadora do Alasca, a mrs. Palin teve uma crise familiar: a irmã divorciou-se de forma litigiosa. Que é que esta ávida defensora da família e dos votos sagrados do casamento fez? Mexeu os cordelinhos para que o cunhado fosse despedido da polícia. Como o seu "capanga" que deveria despedir o ex-cunhado se recusou a fazê-lo, foi ele próprio despedido.
São episódios como este, juntamente com o fanatismo religioso e o discurso beligerante que me fazem, cada vez mais, apoiar Obama. Estavas melhor sozinho McCain.

07
Out 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 23:29link do post | comentar | ver comentários (3)
Anda a dizer-se por aí que Portugal reconheceu a independência do Kosovo. Eu tenho apenas uma coisa a dizer: a mim, ninguém perguntou nada!

arquivo do blogue
2009:

 J F M A M J J A S O N D


2008:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar