Voltei. E neste meu regresso, o sentimento que mais domina o meu ser é o de alívio. Alívio por voltar a dar aos leitores que tanto me gostam – sei que gente muito esclarecida já pensou fazer-me um clube de fãs que rapidamente atingiria uma fasquia maior que o do Senhor Palomar – aquilo de que os privei nas últimas semanas. É, também voltei mais modesto. Aprecio bastante que tenham reparado.
Entretanto, enquanto o meu blogue e o meu twitter entraram em fase de hibernação, muito aconteceu. Não, mentira. Não aconteceu assim tanta coisa: a malta do Simplex queimou as pestanas a ler o programa do PSD, a ver se havia qualquer coisa com que pegar; o Pedro Mexia voltou – aleluia! – com o blogue A Lei Seca; o PPM voltou para o 31 e acho que, de blogues, pouco mais interessa. As silly season’s são pouco propícias a zangas minimamente catitas – finjo que me esqueço do episódio do filho da puta, finjo – e esta não foi excepção.
O programa do meu blogue para os próximos tempos resume-se a três coisas: comentar de forma que eu ache decente o programa do PSD – sem entrar nos gritos de guerra que alguns andam para aí a escrever, o sol é tramado – fazer um relato da festa como a qual não há igual, vulgarmente conhecida como Festa do Avante! – têm de pedir, já agora, para se tirar o ponto de exclamação de «Avante!» – e manter o habitual chorrilho de banalidades que me diverte escrever. Como vêem é um programa ambicioso, com visão alargada e com objectivo de vitória. Diz o preclaro leitor: «ah!, isso todos são!» e eu respondo-lhe com um cândido, carinhoso, singelo: «vai-te lixar».