Foi há 64 anos que o mundo se tornou um lugar perigoso. Parece estúpida a frase. O mundo sempre foi perigoso. Mas há 64 anos ultrapassou-se a barreira. E a barreira, a derradeira, era a da capacidade do homem de destruir o mundo em que vive e, com isso, destruir tudo o que conhece.
Em Hiroxima e Nagasaky houve um simples ensaio, uma mostra de força. Um gigantesco e estupidamente mortífero «don’t mess with us». É dia de pensar no que aconteceu na altura e que hoje vivemos num mundo que pode ser destruído, bastando para isso a sede de poder de um líder louco ou o delírio de um povo.