No debate político em Portugal, um indivíduo que defenda uma economia de mercado é, só por isso, um liberal. Ou neo-liberal, ó afronta parlamentar das afrontas parlamentares.
Este fenómeno deve-se, essencialmente, ao facto de aqueles que defendem a economia de mercado dizerem de si que são liberais. Estes «liberais», que se assumem como tal apenas por pose e porque ser liberal é como comer hamburgueres: very american thing; acabam por destruir à partida a imagem que a ideologia pode ter junto da massa que não se preocupa em investigar, mas apenas em absorver o que a televisão diz.
Não meus amigos. Ser liberal não é só defender a economia de mercado. Enquanto não se perceber isto, não poderá haver liberalismo no nosso país.