Após alguns cálculos toscos chega-se à conclusão que este ano sairá do erário público para os partidos uma quantia superior a 30 milhões de euros.
É um valor monstruoso e muito superior ao necessário para que se cumpra o objectivo inicial: o de haver partidos e, portanto, democracia. Em primeiro lugar, este principio de que é necessário um financiamento público para que haja partidos é assustador: é mais uma forma de o Estado decidir pelas pessoas de que modo estas devem viver. Em segundo lugar, esta forma de financiamento perpetua os mesmos partidos de sempre na AR, colocando-os num patamar muito diferente de um partido com o MEP ou o MMS, que me parecem ser ainda os mais promissores de todos os jovens partidos.
Gostaria muito, mas muito, que houvesse algum partido que apresentasse como proposta o fim desta forma de financiamento. O ideal seria o fim do financiamento público. Só assim a democracia pode respirar.