A máfia da blogosfera
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Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:59link do post | comentar

A questão do casamento homossexual apenas permite ganhar uma nova perspectiva sobre a questão dos privilégios dos casados. No entanto, a injustiça revela-se noutras matérias.

Quando falamos em impostos e em serviços públicos, temos de ter sempre presente uma coisa: todos beneficiamos, em teoria, por igual, pelo que, se houver alguém a pagar menos, então está a ser indirectamente subsidiado pelos outros. Os outros estão a pagar a parte que aquela pessoa não paga. Geralmente, os teóricos destas coisas chamam a isto «estímulo» ou «incentivo».

Significa isto que, por exemplo, um indivíduo, seja do sexo masculino ou feminino, que por azar ou opção nunca tenha constituído uma família é prejudicado em relação a quem constitui uma família. Não sabemos quais foram os motivos que levaram, let's say, o Joaquim a não casar. Apenas sabemos que não casou e que o Estado não o pode prejudicar por causa disso. Com a instituição do casamento, em que os casados são privilegiados, Os joaquins estão a ser prejudicados e muito.

Penso que esta deveria ser uma questão a colocar aos partidos para discussão na próxima legislatura. É que avançar com o casamento homossexual é um imperativo moral, mas não é aceitável que o façamos apenas para criar mais e mais privilegiados.

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Não concordo. Se existe uma questão moral que antecede outra, a segunda fica comprometida em relação à primeira. Acho que permitir o casamento homossexual é imperativo, tanto como é acabar com os privilégios dos casados.

Fizeste-me uma pergunta esquisita. Em primeiro lugar acho o conceito de externalidade muito escorregadio, mais ainda o são de positivo e negativo, por isso não te posso dar uma resposta geral.

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