Ontem em conversa com o Adolfo (e agora não sei para onde linkar, que ele «escreve» aqui, aqui e aqui), veio para a mesa a questão do casamento homossexual. Faço questão de dizer que foi em conversa com o Adolfo, porque o que vou escrever aqui não é só meu, mas também um pouco dele.
Parece-me, como já no passado afirmei, que é do mais elementar bom senso que se permita a quem quer que seja celebrar o contrato que for, com as contrapartidas que quiser. E o casamento civil, por muito que os românticos esbracejem, é isso mesmo: um contrato. Pelo que não faz qualquer sentido que apenas alguns lhe possam aceder.
No entanto, há um problema com o casamento. O casamento em Portugal não é apenas e só um contrato. É uma porta de acesso a um sem número de benefícios, nomeadamente a nível fiscal que têm um objectivo prévio. Apesar de o achar tonto, não o posso negar.É o objectivo de apoiar as famílias, no seu sentido mais tradicional, as que envolvem procriação (não tenhamos medo da palavrinha).
Por isto, para que possa haver casamento homossexual sem qualquer tipo de motivo lógico para arguir contra, há que reformar a instituição do casamento. Há que encarar o casamento como um contrato entre duas pessoas no qual o Estado não se deve intrometer. Têm de acabar os incentivos e apoios ao casamento, porque não é legítimo que um casal, apenas por o ser, tenha privilégios.