Agora que passou já um dia desde que o Simplex, como não podia deixar de ser, abriu e já tem por lá escrito mais que o manifesto, já posso malhar, é assim que se diz não é?
Um dia apenas permitiu, diabos me levem, umas oito referências a Salazar e tal. É a política do medo que o Partido Comunista cultivou durante toda a sua existência e que o Partido Socialista se prepara para utilizar. Eles são fascistas, dizem baixinho, nas entrelinhas. Ao menos, e se querem dizer alguma coisa, ainda por cima absurda como essa, digam alto, em bom som, e sem pruridos. Já que coragem não vos falta que até apanham pedradas para votar PS, ao menos dêem-nos um exemplo sério da dita.
Também li o Tomás Vasques dissertar sobre economia e tal. A discussão que aquele post não daria, valha-me a falta de tempo para a ter.
Ainda um outro autor, Eduardo Graça, conseguiu fazer ali um exercício digno de um deputado: chamar para o seu partido os louros do que não fez, sem nunca esquecer a referência aos ontens que não cantavam. Se o Eduardo Graça investigar um bocadinho, vai descobrir que quem começou a árdua tarefa de implementar concretamente os cursos profissionais, de forma reduzida, como é óbvio, por ser o início, foi Durão Barroso. Mas enfim, os factos aborrecem.
Gostei ainda do slogan que criaram: «Apoiar a mudança, sem mudar de ideia». É que depois de Obama, até os governos em exercício apelam para a Change e mais a Hope. Pois seria interessante analisar o paradoxo para além do valor literário. Se a análise for feita, apenas envergonhará quem o criou.
Moral da história, fez-se um blogue que poderá ser editado como bíblia daqui a uns meses. É que tudo, ou quase tudo, é pura matéria de fé. Crença inabalável. E, pior, tudo em torno de um só homem que já provou por de mais não ser merecedor de um pedaço sequer de tudo aquilo.