Num ponto estamos de acordo, Tiago. O PR deveria indignar-se com este caso. (logo não entendo errada a posição do PR, como o Tiago afirma)

Mas, e só para ilustrar minimamente o que pretendo com normalização das públicas indignações, todos se admiram que o PR nunca tenha mostrado indignação pelas alarvidades sucessivas e repetidas de Alberto João, pelo filha-de-putismo verbal de um dos deputados e chegou ao ponto de desafiar os seus pares "para resolver o assunto lá fora" da sua (dele) bancada ou pela actuação do arguido seu ex-conselheiro de Estado, só para referir três dos muitos casos em que Sua Exª. não se dignou manifestar indignação pública.

Luís,

Essa análise, e desculpe a franqueza, é um exemplo do desconhecimento sobre como funcionam as instituições (formalmente, e tal...).

Quanto a Alberto João Jardim, não me pronuncio, porque a verdade é que fora da Assembleia Regional ele pode dizer o que lhe apetecer dentro dos limites legais e já houve trinta anos para o meter a andar e nunca nenhum Presidente o fez. É uma espécie de tumor do regime.

Quanto aos deputados, seria gravíssimo que um Presidente se pronunciasse sobre o que quer que seja que eles façam. Os deputados não respondem perante ninguém que não o povo e uma declaração pública sobre o que quer que seja que se passe entre deputados (sejam nacionais ou regionais) seria um abuso no exercício das suas funções.

Mas é sobre o Alberto João Jardim que recai o pior exemplo e é esse que o PR não fez nada. E não serve de desculpa afirmar-se que os outros tb não pois não apaga a incompetência deste PR para lidar nestas situações.

Mais grave mesmo (e para foi possivelmente o maior erro e escandalo dos ultimos 4 anos em termos de actuação) foi o facto de ter sido vedado o acesso à assembleia de um deputado e nada foi feito ou dito sobre isso...

Mas em Portugal liga-se muito mais à imagem que ao conteudo e o Cavaco não é diferente!

Stran,

Eu não digo que Cavaco tenha tido uma prestação perfeita. Apenas estou a dizer que, neste caso, agiu como lhe cabia. E no caso do deputado que mandou o outro para o caralho também.

No caso da Assembleia Legislativa da Madeira, não duvido que se a situação não se tivesse resolvido ele teria dissolvido, mas isto é daquelas coisas que nunca saberemos.