A máfia da blogosfera
02
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 22:23link do post | comentar

Com o espectáculo de hoje da Assembleia da República muitos se riem ou tentam fazer rir. Uns voluntariamente, outros involuntariamente. O problema é que isto não é coisa para brincar. O que aconteceu hoje mostra o estado a que chegaram as instituições públicas e democráticas: um ministro faz cornos para um deputado e, em escassa meia hora, o ministro demite-se, ou é demitido, nunca se saberá, e é substituído por outro. Pergunto-me se esta remodelação relâmpago não deveria ser alvo de uma forte crítica, ainda para mais concentrando-se numa única pessoa duas pastas extremamente importantes até às eleições - a Economia e as Finanças. O actual governo mais não é que um cadáver adiado.


Foi demitido e bem demitido.
Daniel João Santos a 2 de Julho de 2009 às 22:36

Oh Tiago, convenhamos! Tão ou mais complicado é o Zé Eduardo Martins passar-se da marmita e mandar um colega deputado para o C***lho!

E um deputado só tem funções diferentes das de um ministro com a diferença (e grande) de que um é eleito e o outro nomeado. Eu estou longe de ser PS, mas convenhamos. O que se passou hoje é tão ou mais grave do que o que se passou à data.
Maria Manuela a 3 de Julho de 2009 às 03:51

Caro Tiago,

Se há caso com que se pode brincar, é mesmo este. Não percebo, por isso, o tom apocalíptico que dá à demissão de Pinho.

Há muitos portugueses com capacidade para liderar a pasta económica. E seguramente que qualquer um é melhor que Pinho e as suas efémeras genialidades.

O episódio não tem gravidade nenhuma. Nem as instituições democráticas estão em perigo. Isto é mesmo um acaso. Com o qual se pode brincar…
José Costa e Silva a 3 de Julho de 2009 às 16:27

Opiniões.
Eu acho que quando um Ministro desrepeita desta forma o Parlamento, chegámos a um ponto crítico.

Tiago,

o que é que aconteceu para tu às 18:47 estares a pedir a demissão do ministro e às 22:23 estares a criticar essa demissão?
Stran a 3 de Julho de 2009 às 21:01

Eu não critiquei a demissão. Critiquei o processo de remodelação. Coisas distintas. Penso que não se pode atribuir um ministério assim.

Primeiro não houve remodelação, isto é, na minha opinião.

O que é que sugeres?

Na minha opinião (quase que me apetece dizer isenta, pois só soube deste episódio hoje de manhã e quase que pensei que estava a ler uma noticia do Inimigo Publico) foi perfeito a maneira como tudo foi tratado:

1- O ministro tem uma actitude ofensiva motivadora da sua demissão;

2- O ministro demite-se ou é demitido;

3- É necessário encontrar um substituto e a três meses das eleições só existiam duas alternativas:

a) ou ficava o primeiro ministro com esta pasta;

b) ou ficava o ministro das finanças com essa pasta;

Escolheram a segunda opção.

Se existe alguma altura que se pode dizer que existiu eficiência neste governo ontem foi uma delas. Tivessem trabalhado sempre assim e se calhar agora estavamos numa situação muito melhor...
Stran a 3 de Julho de 2009 às 21:51

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