A máfia da blogosfera
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Jun 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:30link do post | comentar

A lógica é, então, esta: Portugal não está a fazer uma boa execução do QREN, mas como os outros também não, não há problema. Não, caro Paulo Ferreira, ainda não funciona desse modo.

O facto de Portugal ser o 4º - até podia ser o 1º - na taxa de execução, por si só, não significa que esteja a fazer bem. Significa apenas que os outros estão a fazer pior. Nesta questão em particular não é honesto falar em contradição de Paulo Rangel, pois não houve nenhuma. A crítica é muito acertada, até porque, se é verdade que os outros fazem pior aproveitamento, é também verdade que a nossa situação é muito particular. O actual QREN foi um presente da Comissão, um último, para que descolássemos, depois de anos e anos a aproveitar mal aquilo que nos chegava - tão mal, que dos quatro da coesão somos o pior na actualidade. Não é bom brincar com esta situação, que é muito mais grave do que a generalidade pensa.


Tiago,

isso é muito bonito, mas rangel e melo falaram do tema como se este governo tivesse falhado quando antes tal não acontecia. Não faz sentido fazer uma crítica em abstracto, indiferente ao tipo de problema em análise. Ora se o QREN (ou as suas versões anteriores) sempre teve uma baixa taxa de execução inicial, a partir de que perspectiva é que se critica um erro? será de uma execução ideal que existe apenas na cabeça dos dois eurodeputados? Pelos vistos, parece que sim. Isto é um bocado como dizer: o crescimento da eocnomia portuguesa é de apenas 1%, o que é muito baixo. Mas baixo a comparar com o quê? o contexto, o contexto...

um abraço,
joao
João Galamba a 30 de Junho de 2009 às 12:50

João,

Não concordo com o paralelismo. A questão é que o QREN tem um período limitado e a execução tem de ser tanto maior quanto possível. E essa mesma execução é tanto melhor quanto maior for. No caso do crescimento do PIB há contexto, aqui não creio. O crescimento do PIB é afectado pelos outros crescimentos do PIB. A taxa de execução do QREN não.

Pode dizer-se que a falha não é de agora, mas daí a dizer que não existe vai uma grande distância.

Abraço,

Tiago

Caro João Galamba; apesar de tudo, fazia-o um bocadinho mais honesto e inteligente.

A primeira frase diz tudo sobre o seu modo de pensar: "(...) rangel e melo falaram do tema como se este governo tivesse falhado quando antes tal não acontecia."

Leia lá isso que escreveu mais uma ou duas vezes (mas com olhos de ler). Reconstrua lá a frase como deve ser e veja bem que o "problema" (a existir) está unicamente dentro da sua cabeça.

Se precisa de ajuda, diga.

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