O manifesto dos não-sei-quantos tem um outro pecado original. É que para além de não apresentar ideia alguma, e, perdoem-me os signatários, mas esta é a mais pura das verdades, este manifesto não pode ser utilizado por quem convém que o utilize: José Sócrates.
Enquanto Manuela Ferreira Leite pôde piscar o olho ao manifesto do 28, que, apesar de tudo, junta personalidades relativamente independentes; José Sócrates não poderá utilizar este manifesto em particular. E isto deve-se a um factor muito simples: uma boa parte dos signatários é do Bloco de Esquerda e não convém a Sócrates dar razão a um signatário em particular: Francisco Louçã.