A máfia da blogosfera
27
Jun 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:29link do post | comentar

Depois do manifesto dos 28, aquela monstruosidade neoliberal, surge agora o manifesto dos não-sei-quantos. Não sei mesmo quantos são, porque a televisão diz 51, o i diz 52 e o Público diz 60. Como gosto de rigor, prefiro não arriscar. Ora, este manifesto, coisa bem catita, não diz absolutamente nada. Qualquer pessoa que o leia fica a saber precisamente o mesmo que sabia antes de o ter lido. O exercício serviu apenas para que os signatários nos dissessem, que poderíamos eventualmente ter dúvidas, que discordam do outro manifesto. Porquê, em quê e o que pensam realmente, isso já é demais, não nos dizem. Ficamos apenas a saber deste manifesto que os seus signatários querem uma economia de esquerda, e quem não quer neste país?, que querem uma economia social e que querem muito investimento público. Eu por mim agradeço que tenham partilhado este pequeno desabafo comigo.

 

P.S.: E gostava de saber se as pessoas que se indignaram porque nem todos os signatários do outro manifesto eram economistas (havia dois engenheiros, um fiscalista e dois ou três gestores, segundo li) se irão também indignar por metade dos signatários deste segundo manifesto serem sociólogos. Só por curiosidade.


eu fiquei com mais umas ideias após a leitura.
Daniel João Santos a 27 de Junho de 2009 às 21:15

Uma trampa de um manifesta que no fundo nos diz para mergulharmos de cabeça no despesismo suicidário que a Europa e o Global darão uma mãozinha.

Como é possível tanta prosápia?!
PALAVROSSAVRVS REX a 27 de Junho de 2009 às 21:32

kkkkkkkkkkkkkkk
Anónimo a 27 de Junho de 2009 às 21:42

já não tenho tenho paciência para os ilumunati portugueses. A cara de pau, a dicção treinada, a arrogância académica. E agora, por cima, estes manifestos aos magotes, com assinaturas de ilumunati aos magotes.
jorge a 27 de Junho de 2009 às 21:47

Enquanto signatário do manifesto "dos não sei quantos" só vos posso recomendar que passem lá no meu barraco e leiam a fundamentação económica. Preparei-a devagrinho para o JMFernandes perceber, por isso acho que se chega lá bem.
Carlos Santos a 27 de Junho de 2009 às 22:22

Carlos, eu até acredito que vocês tenham muita fundamentação. Mas convinha que a tivessem colocado no manifesto. Sabes, é que nem toda a gente conhece o teu blogue.

Têm ideias? Óptimo, avancem com elas. Mas mostrem-nas. Que aquele manifesto, desculpa lá, é um pedaço de nada.

E curiosamente esse "pedaço de nada" valeu o editorial do JMF a tentar desmontar argumentos que segundo dizes não estavam lá!
Mas em todo o caso, a minha pergunta é esta: quais eram os argumentos no outro manifesto e onde estavam os nexos causais?

Carlos

Carlos,

Não me interessa o outro manifesto. O outro também poderia ser um pedaço de nada e isso não mudaria nada. A questão é simples: vocês meteram lá que querem uma economia de esquerda e uma economia social. Isto, por si só, não é nada. Isto podia ser o manifesto de um partido, manifesto fundador. Nunca um manifesto de um conjunto de pessoas que quer intervir no momento. Intervir nesta questão em particular tinha de trazer os tais fundamentos que dizes haver... só assim é que o manifesto poderia ter valor.

As terapias de ruptura produzem este efeito: primeiro a negação depois o pânico. É natural que a direita se afogue, por enquanto, no estado de negação....
manuel gouveia a 27 de Junho de 2009 às 22:59

Está bem Manuel. Aliás, eu por mim metia a «direita» toda num barco e mandava-a para o Atlântico.
Baseia o teu discurso noutra coisa, que isso da direita e da esquerda já cheira a bafio.

Parece-me cada vez mais, que devido ao actual Estado da Direita e Esquerda em Portugal, deviam era ir todos para o meio do Atlântico e passava-se a ter independentes no Parlamento.

Posso usar: os que entraram em estado de negação.

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