Não querendo meter a foice em seara alheia, as coisas não funcionam exactamente assim, João. E o João sabe-o, razão pela qual o post é infeliz. A partir do momento em que se dá cobertura legal a isto, a única coisa que se pode tentar fazer é retirar essa cobertura legal. E isso não se faz com armas, pelo menos segundo a minha acepção de democracia, mas com textos de protesto, com argumentação e com elevação - coisa que, e perdoe-me a sinceridade, houve muito pouco na altura do referendo. Essa desacreditação do oponente, que, calhando, afinal isto é só a gente a falar, até nem é propositada, é apenas mais um exemplo do que foi o debate que se exigia sério sobre a questão do aborto.