A máfia da blogosfera
06
Jun 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:15link do post | comentar

O maior paradoxo destas eleições europeias é o facto de as grandes surpresas «positivas» virem de partidos que, na sua génese, são contra a integração europeia. Os movimentos nacionalistas estão em crescendo, cinquenta e tal anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial, e muito podemos agradecer a Bruxelas e a Estrasburgo. Por toda essa Europa as intenções de voto vão aumentando para os neo-nazis, neo-fascistas, neo-nacionalistas, o que lhes quiserem chamar. O nome não interessa. O importante é que estão a mexer-se e a crescer. Na Áustria a situação é francamente preocupante, mas também na Holanda o movimento nacionalista obteve uma grande vitória nestas eleições, assumindo-se como segunda, repito, segunda força política, ficando apenas atrás do partido do governo. Mesmo em Portugal temos, pela primeira vez, uma lista de um partido nacionalista a concorrer - o tempo de antena de hoje tinha Jean-Marie le Penn a falar do grande ecrã.

A questão é simples: nos países ricos os movimentos queixam-se por terem de sustentar os países pobres; nos países pobres, dependentes dos fundos, estupidificados há décadas, os partidos queixam-se, pois a cara dependência tem a coroa diminuição da soberania. A Europa está a matar-se por dentro e temo honestamente que ao mais longo período de paz no velho continente se siga algo que não imaginamos nem nos nossos piores pesadelos.

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Primeiro Aniversário: Faltam 4 dias

Stran, a UE está cada vez menos democrática e é Bruxelas e o Parlamento quem o decide cada vez mais...
Há uma série de coisas que foram feitas e sobre as quais nunca te pronunciaste. Esta UE não é uma democracia representativa, é uma democracia representativa de uma democracia representativa. De quatro em quatro anos dizes alguma coisa, mas no meio ninguém te pede opinião. E aqueles setecentos e tal deputados, melhor, eurodeputados, legislam livremente sem que haja informação, sem que haja protesto. Uma lei portuguesa é contestada nas ruas. Uma lei europeia nem sequer é conhecida da maioria...
E não me digas que é porque não nos interessamos. Os políticos trabalham para nós, o mínimo a que têm de se prestar é a dar contas do seu trabalho...

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