A máfia da blogosfera
29
Mai 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:40link do post | comentar
Olhe que não, João, olhe que não. Em primeiro lugar, um pequeno esclarecimento: a teoria não diz que “tudo” é genética. Diz que a base é genética, mas que as experiências pessoais têm influência. Um Camilo cheio de capacidades à nascença pode acabar um vagabundo e um António diminuído por azar pode ter sucesso. Pormenores. Adiante.
É óbvio que os termos se podem utilizar. Aliás, nem se compreende porque é que acha que não. Diz, basicamente, que não se pode, logo, não se pode.
A realidade é que se trata de uma questão de direitos. Haver um julgador universal que diz: tu tens de ter menos porque isso é tudo genética, tu tens de ter mais porque não teres é azar, esbarra com direitos. No limite, este raciocínio leva ao comunismo mais puro. Então, João, se tudo se trata de genética, qual é o fundamento de uns terem mais que outros?
A questão essencial é: a base é genética, ou seja, muito do que somos é uma questão de sorte. Segue-se disso que deve ser retirado à força o que quem teve sorte ganhou para se dar a quem não teve a mesma sorte? A isso não respondeu.

Quanto à minha redução ao absurdo, sabe tão bem quanto eu que não é falaciosa. Eu, por nascer em Portugal, tenho menos hipóteses de sucesso à partida que um americano e mais hipóteses que um moçambicano.


-Uma vez que o meu comentário aguarda aprovação desde ontem, ou terá sido censurado, não sei, deixo aqui o copy-paste, embora tenha sido escrito num ponto mais atrasado da discussão.


No blog jugular eu disse sobre Pensemos mais do que três segundos sobre esta questão na Sexta-feira, 29 de Maio de 2009 às 17:27:
Porque o comentário é geral segundo as suas palavras, permito-me entrar no deb

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Porque o comentário é geral segundo as suas palavras, permito-me entrar no debate. Não vejo onde está a pobreza da argumentação, enquanto existirem dois seres humanos capazes de pensar por si, um tentará suplantar o outro, desde tempos pré-históricos, caçando mais e melhor, até aos nossos dias, ganhando mais para obter mais conforto. Se colocar 100 pessoas numa ilha deserta, pode ter a certeza que partem todas do mesmo ponto, mas chegarão a estádios diferentes de desenvolvimento/resultados, como queira, independentemente do objectivo. O Estado social é sempre castrador do contribuinte líquido, em rigor o Estado é um mal, embora necessário, deverá ser reduzido ao mínimo indispensável, de contrário não existirá progresso, desenvolvimento. Os grandes avanços da Humanidade jamais ocorreram por motivos altruístas.
António de Almeida a 30 de Maio de 2009 às 20:24

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