A máfia da blogosfera
25
Mai 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:40link do post | comentar

Fala-se, à conta da Constituição Europeia e do Tratado de Lisboa, da criação da figura do presidente da UE. Isto levaria à criação de um governo para toda a União e a um regime semelhante ao dos EUA. Sou, também, contra esta ideia.

O que me leva a ser contra a ideia da criação de um mega-Estado europeu é o facto de saber de antemão que esse Estado iria dar menor qualidade de vida à população que um conjunto de pequenos Estados. Isto aconteceria porque o mega-Estado só teria como concorrência outros mega-Estados e no seu interior a centralização da decisão iria levar a uma harmonização de políticas e de práticas. Impostos harmonizados, leis laborais harmonizadas, sistemas de justiça harmonizados, tudo harmonizado. Isto iria esbater as diferenças entre os Estados o que não é recomendável. Se Portugal não tiver um país como Espanha ao lado, que tem práticas melhores e melhores resultados a vários níveis, como é que irá progredir? Pensando numa melhoria de si para si? Este tipo de melhoria/desenvolvimento é muito mais lenta. Olhe-se para a rapidez com que crescem os NPI's ou as potências emergentes em comparação com os EUA. Como tal, novamente a bem de uma concorrência entre países, considero que a UE deveria continuar apenas uma união de países, não dando lugar à criação de um novo Estado.

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Os EUA surgiram primeiro com as 13 colónias em guerra contra Inglaterra e com a França como aliada. Depois compraram o Louisiana. A parte espanhola não sei como foi integrada... Morte de comunidades locais? Isso foi feito séculos antes pelos espanhóis.
O Reino Unido funciona como um país: tem um chefe de Estado, um governo. É um país. Espanha está unificada há séculos. São países mais antigos que o Brasil, que os EUA e alguns europeus.

Um poder tão grande é precisamente isso. A UE se funcionar como um país será algo de perigosíssimo. Tão perigoso como os EUA são agora. Ter um exército comum irá fazer de nós a maior potência militar do mundo e levará, mais cedo ou mais tarde, à formação de ideias beligerantes inevitáveis. Não me interessa ter uma voz que mande no mundo porque tem ao lado uma espingarda pronta a disparar. A Europa tem influência por ser referência e não por assustar.

Para além disso, já temos a NATO para situações extremas. Não vale a pena criarmos condições para que sejamos causadores de condições extremas.

Meter a Europa remar para o mesmo lado é uma jogada tonta: o lado pode ser o errado...

"A parte espanhola não sei como foi integrada"

Julgo que foi comprada, mas não tenho a certeza.

"Morte de comunidades locais? Isso foi feito séculos antes pelos espanhóis."

Que me conste os espanhois não tiveram em todo o lado e sim os americanos também tiveram a sua quota parte.

"A UE se funcionar como um país será algo de perigosíssimo."

Porquê? perigoso é se a construção não for bem montada, se não existir democracia, poderes e contra-poderes. De resto é tão perigoso como agora.

Quanto à questão dos outros paises, eles tiveram de começar num determinado tempo, é isso que se propoe.

Eu sou federalista e europeista, julgo que os beneficios superam em muito os supostos prejuizos. E vejo mesmo a possibilidade de existir um dia um governo mundial, algo que infelizmente não vou ver.
Stran a 29 de Maio de 2009 às 14:53

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