Fala-se, à conta da Constituição Europeia e do Tratado de Lisboa, da criação da figura do presidente da UE. Isto levaria à criação de um governo para toda a União e a um regime semelhante ao dos EUA. Sou, também, contra esta ideia.
O que me leva a ser contra a ideia da criação de um mega-Estado europeu é o facto de saber de antemão que esse Estado iria dar menor qualidade de vida à população que um conjunto de pequenos Estados. Isto aconteceria porque o mega-Estado só teria como concorrência outros mega-Estados e no seu interior a centralização da decisão iria levar a uma harmonização de políticas e de práticas. Impostos harmonizados, leis laborais harmonizadas, sistemas de justiça harmonizados, tudo harmonizado. Isto iria esbater as diferenças entre os Estados o que não é recomendável. Se Portugal não tiver um país como Espanha ao lado, que tem práticas melhores e melhores resultados a vários níveis, como é que irá progredir? Pensando numa melhoria de si para si? Este tipo de melhoria/desenvolvimento é muito mais lenta. Olhe-se para a rapidez com que crescem os NPI's ou as potências emergentes em comparação com os EUA. Como tal, novamente a bem de uma concorrência entre países, considero que a UE deveria continuar apenas uma união de países, não dando lugar à criação de um novo Estado.