Tenho plena noção de que a educação sexual é essencial para o crescimento saudável. Aliás, só um tonto, deparado com as gravidezes precoces e as doenças sexualmente transmissíveis, pode afirmar o contrário. No entanto, isto não faz com que eu apoie a proposta de criar uma cadeira obrigatória nas escolas para educação sexual. Não apoio porque não se pode retirar aos pais a responsabilidade de decidir sobre o quando, sobre o como e sobre o quê.
Uma boa introdução desta disciplina nas escolas será tornando-a facultativa. Afinal, se é assim tão importante não haverá alminha que não queira lá o seu infante. Desta forma, os pais podem escolher colocar ou não os seus filhos conforme for a sua percepção dos resultados da medida. Pessoalmente, se na escola de um filho meu o professor de Educação Sexual não fosse um bom professor ou se eu considerasse que o programa da disciplina não era adequado gostaria de ter a liberdade de dizer que não queria que ensinassem aquilo daquela forma ao meu filho.
Um disparate autêntico, esse sim sem qualquer base de sustentação, é a distribuição de métodos contraceptivos nas escolas. Isto chamava-se autismo, agora trata-se de alheamento da realidade. A JS ao propor uma coisa destas está a propor dar à escola o papel de centro de saúde. Sim, porque nos Centros de Saúde distribuem-se métodos contraceptivos de forma gratuita e é aí que, a ser oferecidos, devem sê-lo e não numa escola. Já para não dizer que nunca daria a um filho meu preservativos dos centros de saúde, porque a verdade é que o barato sai caro.