Que engraçado!, pensei eu quando descobri o twitter. Nos primeiros dias andava coladinho ao bicho: conversas, discussões, verdadeiros debates, tudo muito micro, tudo muito passaroco. E descobri outros bloggers e não só que por lá pontificavam. Um mar de gente virtual, a escrever bilhetinhos com menos de 140 caracteres a um ritmo alucinante. Até tinha piada. Tinha.
Agora, depois de já ter passado o efeito novidade, olho para o twitter como uma eterna crise de diarreia, em todos os sentidos, caro leitor, em todos os sentidos. Sigo apenas sessenta e tal pessoas e tenho o cuidado de não seguir os twitterianos profissionais, aqueles que de trinta em trinta segundos lá se lembram de escrever um bilhetinho sobre nada, e ainda assim não consigo retirar nada dali. O amontoado de conversas paralelas, que a malta ainda não descobriu o e-mail ou o telemóvel, os pensamentos, os delírios, as provocações, as perguntas, as parvoíces e os puros disparates fazem com que eu ali apareça e logo tenha vontade de sair. Tenho uma má relação com o twitter, é verdade. Neste momento apenas o utlizo para discutir algum programa sobre o qual se adivinhe uma acesa discussão logo à partida e nada mais. É pena. Vejo imenso potencial no serviço. No entanto, aqueles que o usam para tudo e para nada acabam por o destruir.