A máfia da blogosfera
16
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:35link do post | comentar

Esqueçamos que estamos em crise. Esqueçamos simplesmente os condicionalismos actuais e prendamo-nos apenas com a discussão abstracta deste assunto. Bem sei que muitos me dirão que não o posso fazer. Que se danem, que no meu blogue faço o que me apetecer.

A primeira pergunta, retórica, que a resposta sei-a eu, é: como se define um preço? Haverá algo neste mundo cujo valor monetário seja intrínseco? Há algum bem que em qualquer parte do mundo, em qualquer momento da História, tenha tido o mesmo valor? Não. E a razão é muito simples. Por muito que se faça por esquecer este pequeno detalhe, o preço do que quer que seja é estabelecido pelos mecanismos de oferta e de procura. Vale aquilo que o comprador estiver disposto a pagar, conjugando essa disposição com a do vendedor. Quanto queres, quanto dou. Nada mais básico, nada mais fundamental. É isto o preço.

Descoberto que está como se estabelece o preço do que quer se seja, que outra forma não existe que seja tão fiável, como é que se pode aceitar que o Estado fixe preços mínimos, como o preço mínimo pago pelo trabalho, mais comummente conhecido por “Salário Mínimo Nacional”?


Bem já fui à procura mas não encontrei nenhum que falasse especificamente no SMN e das suas consequencia.

Li os três que fez sobre desigualdades sociais. Concordo no que se refere à questão de facilitar a criação de uma nova empresa. Já não acho necessário "precariezar" o emprego por conta de outrem para criar um incentivo.

Li outro sobre justiça social (salvo erro) em que dizia o seguinte:

"Por mais que se tentem sistemas híbridos como os que vigoram actualmente numa grande parte da Europa e do Ocidente em geral, nunca nenhum vai permitir liberdade económica absoluta e, ao mesmo tempo, a não existência de classes sociais. É simplesmente impossível."

É por isso que gosto tanto dos modelos hibridos. São, a meu ver, os melhores.
stran a 19 de Abril de 2009 às 20:00

Ahah, foi buscar um tesourinho deprimente do meu "antigamente", quando ainda andava muito social-democrata. Percebi que estava enganado.

Quando me refiro à protecção do emprego, incluo aí o SMN.

dois apontamente:

a) agora que tinha gostado de uma frase sua, vem-me dizer que já não concorda... :)

b) mais importante, qual o motivo da sua mudança?
Stran a 19 de Abril de 2009 às 22:02

Fui percebendo, com bastantes dores de cabeça pelo meio, que estava errado. Hayek ajudou um bocadinho.

arquivo do blogue
2009:

 J F M A M J J A S O N D


2008:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar