Na sua visita ao continente africano, o Papa Bento XVI fez uma declaração que tem estado nas bocas do mundo - literalmente - sobre o uso do preservativo. Segundo o Papa, e de forma resumida, o problema da SIDA em África não se resolve distribuindo preservativos, mas sim com uma mudança civilizacional. Que mudança civilizacional? Uma que leve os africanos a tornarem-se bons cristãos: castos se solteiros, fiéis se casados.
Obviamente, para a maioria das pessoas isto não faz qualquer sentido. Não há nenhum fundamento lógico para que se considere o sexo imoral, quando não é praticado com uma companhia vitalícia. No entanto, há que compreender que o Papa apenas repetiu a doutrina da Igreja. É naquilo que ele acredita e foi para espalhar a palavra que foi eleito. Pedir que um Papa não condene o preservativo é demasiado. No entanto, acharia muito proveitoso pedir à Igreja que discutisse alguns dos seus fundamentos. Aí, talvez, não tivéssemos os fracturantes e os beatos a escrever constantes absurdos.