O magalhães está a ser protagonista daquilo que poderia ser um livro de aventuras. Desde as acções de formação que acabavam com verdadeiros hinos à magalhomania até às mais actuais notícias de problemas, a meu ver graves, com o software utilizado, o bichinho azul tem marcado a agenda mediática. Apesar de ser muito divertido falar sobre o magalhães, sobre o marketing excelente que José Sócrates faz em conferências internacionais e sobre as mulheres nuas que as criancinhas poderiam eventualmente ver por lá - como se fosse alguma novidade para os piquenos, penso que seria verdadeiramente interessante pensarmos seriamente sobre a base de tudo isto. Será que o magalhães foi uma boa aposta?
É esta a questão que carece de resposta. Certo dia, um Primeiro Ministro levanta-se e pensa: "que bonito seria todos os infantes desta nossa terra terem um computador na carteira". É bonito, sim. Faz-nos pensar que estamos a ficar próximos dessas Holandas longíquas. O problema é que para que na Holanda houvesse um computador por carteira, percorreu-se um longo caminho, caminho esse que ninguém está interessado em percorrer nesta terra.