Paulo Portas denunciou hoje aquilo que há anos detectei e sobre o qual muitas vezes tenho falado. Cada vez mais impera em Portugal o mau português, o desconhecimento total das regras de bem escrever e bem falar. Este facto assume contornos especialmente dramáticos quando atinge os próprios professores, aqueles mesmos que formam e ensinam as nossas crianças. De adubo viciado dificilmente nascerão flores viçosas. Parece-me evidente que é preciso apertar as malhas da exigência, em especial no que ao Português diz respeito, urge acabar com a diminuição do grau de dificuldade dos exames nacionais, em prol de melhores estatísticas e subidas nos rankings europeus. Um ensino de excelência é conseguido através do rigor e da competência e não do facilitismo a qualquer prova. Defendo mesmo que o acesso ao Ensino deveria ser condicionado a provas prévias, quiçá mesmo a qualificação específica. Seria bem mais solidário com os nossos Professores se da mesma forma que se preocupam com a sua avaliação, se preocupassem com o declínio do ensino em Portugal.
[o texto foi escrito dia 07/03/09]