A máfia da blogosfera
04
Mar 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 08:22link do post | comentar

Quando há um ano Raúl Castro veio substituir o irmão, o eterno Fidel, que pela doença teve de se retirar, todos julgaram que seria um fraco líder e uma marioneta do irmão. Um ano volvido e as mudanças começam a ser assinaláveis: já podem comprar microondas - pequenos passos que os levarão a algum lado, talvez.

Fora de brincadeiras, o que me leva a escrever este post é a mudança efectiva que Raúl Castro está a fazer no topo da hierarquia cubana. A pretexto de uma restruturação do governo de maneira a torná-lo mais funcional, o novo líder cubano afastou dois dos que poderiam ser os seus mais difíceis adversários: Felipe Pérez Roque e Carlos Lage. O primeiro foi afastado da chefia da Diplomacia e ao segundo foi retirado o cargo de Secretário do Conselho de Ministros.

Aliado a esta mudança cujo propósito é, sem sombra para dúvidas, a perpetuação de Raúl Castro na cadeira do poder, assiste-se a um reforço assinalável na influência dos militares. Com a crise internacional, que obviamente afecta a Cuba já embargada, o medo das movimentações populares começa a instalar-se, e não queremos que os militares nos faltem quando for preciso.

Raúl Castro tomou, definitivamente, o gosto ao poder e tal como o seu irmão, só o deixará se não tiver outra alternativa.


Manuel:

De que serve eu ter o melhor (?) sistema de saude do mundo, se não tenho o que comer? De que serve ter muita escolaridade, se ela é toda manipulada e não a posso aplicar no meu futuro? De que me serve ter trabalho, se o tecto está estabelecido à partida para aquilo que posso eventualmente ganhar?

Economia de mercado não tem de ter "Estado Social". Aliás, economia de mercado não tem Estado Social. Esta mixórdia que andam a construir num sítio chamado Europa é que nos anda a confundir.

Abraço

Não defendo o regime Cubano, mas não existe forme em Cuba embora exista pobreza e só se coma carne em dias especiais. Mas não existe miséria.

A economia de mercado vai-lhes trazer essa miséria. Eu entendo que o estado social me poupa muito dinheiro. Nós na europa temos um estado social virado para as grandes fortunas e os grandes especuladores, a quem o estado acode como não o faz com os mais necessitados e excluídos da nossa sociedade. Esse estado social é que custa muito dinheiro e não promove uma sociedade melhor!

Ai Manuel... tínhamos de ter grandes discussões sobre este assunto:

1) o seu conceito de miséria

2) isso de o Estado Social ser bom e barato

Mas as caixas de comentários não o permitem... Quem sabe uma "polémica blogosférica"?

Abraço

A miséria e a pobreza sentem-se e sofrem-se, e então deixam de ser conceitos. A polémica é melhor do que toda esta apatia que nos rodeia e a caixa de comentários é realmente curta para conter tanto grito de revolta.

Mas para mim a pobreza é comer-se do pouco que há (e não do que se gostaria) a miséria é comer-se só quando há, quando há.

Ai se da nossa polémica déssemos ao mundo uma nova esperança ! Abraço.

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