Sentido de Estado
Antes de mais cumpre-me agradecer o convite do Tiago para aqui deixar umas breves palavras e a sua cordialidade desde que pela blogosfera começámos no início deste ano a trocar algumas impressões. É porque é para isso mesmo que eu acho que essa deve servir, para trocar ideias, para debater pontos de vista.
Desta feita, proponho-me brevemente discorrer sobre o sentido de estado, conceito cuja inversão de palavras deu origem ao título lá do meu cantinho blogosférico principal. Mas mais do que dissertar academicamente, até porque o sentido de estado é daqueles conceitos que estará quase no plano dos conceitos de vontade geral, bem comum ou interesse nacional, ou seja, padece de uma indefinição por definição que permite uma certa flexibilidade na invocação e utilização de tais conceitos, quero apenas concisamente aplicar à prática política quotidiana portuguesa o seu significado.
No caso do conceito de sentido de estado, parece-me que existem diversas posturas de estadista que qualquer um facilmente consegue reconhecer rapidamente, ao passo que me parece ser ainda mais fácil identificar precisamente aquelas posturas de determinadas personalidades que, pelo menos em determinados momentos, desse não se revestem. E digo isto a pensar precisamente em determinada personalidade que representa em bruto as piores características do povo português.
Se até há bem pouco tempo pensava que seria arriscado mudar de governo em 2009, num contexto da crise internacional da actualidade, parece-me que a nação necessita urgentemente de uma qualquer mudança de ares que a faça recuperar alguma moral necessária para enfrentar as dificuldades deste ano que ainda agora começou. E como em democracia as mudanças fazem-se recorrendo a eleições, convinha de facto escolher alguém que possa ter sentido de estado. Haverá por aí alguém?
Samuel de Paiva Pires, do blogue Estado Sentido