Oponho-me terminantemente à intervenção do Estado na gestão das empresas privadas. A criação de empresas públicas já é condenável, mas interferir deste modo no funcionamento da economia é criminoso. É criminoso pelo simples facto de um grupo de pessoas (governo) estar a utilizar dinheiro que retira de forma autoritária à população para dar de mão beijada a um conjunto reduzido de pessoas (empresários). Por outro lado, é criminoso porque cria uma situação de falta de igualdade à partida. Se a empresa x é ajudada e a empresa y não, a empresa x vai ter maiores potencialidades de subsistência que a empresa y. A concorrência deixa de existir.
Qualquer discussão que parta do pressuposto que é admissível que o Estado "salve" empresas, seja sobre manutenção de empregos ou outra coisa qualquer, nem sequer deveria tomar lugar. Paulo Portas deveria ter estado calado.