A máfia da blogosfera
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Fev 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:04link do post | comentar

Oiço por aqui e por ali discussões sobre o quinto canal. Se é preciso, se devia avançar ou não. E quando oiço isto apercebo-me do absurdo a que chegamos. Por que raio é que é preciso haver restrições à priori à entrada de mais um concorrente num mercado? Porque é que eu só posso criar um canal em sinal aberto se me derem vaga?

Temos quatro canais, sendo que apenas três se podem considerar como tal, porque o quarto (neste caso, o segundo) é um buraquinho para onde o Estado manda dinheiro sem fundamento nenhum. O mercado do audio-visual gera riqueza de uma forma absurda, é um El Dorado para os investidores e o Estado bloqueia a entrada. O que é que isto faz? Menos diversidade na oferta, menos concorrência (o que diminui a qualidade) e perpetua um desequilíbrio, porque se a criação de canais fosse livre, a existência de muitos já teria levado, há muito, a uma normalização e os donos das estações não seriam milionários.


Corrijam-me o raciocínio, por favor, se o acharem um disparate.

Um bom filme ou uma boa série de televisão custa muito dinheiro a fazer, pela sua própria natureza e não tanto por uma questão de mercado. É, por isso, um produto caro.
Como tal, com uma maior concorrência televisiva de sinal aberto não estaríamos a subtrair as receitas da televisão de sinal aberto ao ponto de elas deixarem de poder comprar as melhores séries e filmes? Não ficariam estes produtos fadados para o cabo ou pay-per-view? Um exemplo deste mesmo fenómeno não é nos EUA onde a televisão de sinal aberto é alvo de chacota pela sua fraca qualidade?
JDC a 10 de Fevereiro de 2009 às 18:14

JCD,

Mercado! Se os canais em sinal aberto se tornarem menos rentáveis, vão ser menos atractivos para os investidores e vão estabilizar. O que acontece actualmente é que há poucos canais a render muito.

E se fosse preciso pagar cabo para ter séries especiais e coisas que tais? Já acontece, cá em Portugal, não é preciso ir aos EUA...

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