Não, este post não é sobre o cessar-fogo na faixa de Gaza. É sobre o fim da encenação socialista de que Manuel Alegre e o seu milhão de votos estava em ruptura com a direcção - José Sócrates. Ingenuamente, pensei ao início que a coisa fosse séria. O bravo bardo não tinha medo, não se calava, e rompia com a disciplina de voto qual jovem rebelde que diz não ao pai que o manda deitar. Ingenuamente, eu sei. Agora, depois de todas as "maroscas" nas votações para a suspensão da avaliação dos professores. Depois de ter colocado os professores contra o PSD quando votou favoravelmente à suspensão, para dizer a seguir que a suspensão não tinha ido avante por causa do partido de Manuela Ferreira Leite, já tem o que queria. Sim, porque um milhão de votos é muita coisa, mas ainda não chega para chegar a Presidente e perder as próximas eleições é um cenário que Manuel Alegre não admite. Temos agora o poeta libertador com o apoio oficial da direcção nacional do PS*. Sabemos também que o BE o irá apoiar, nem que seja na segunda ronda, e os comunistas também já lhe mandam sorrisinhos, através de Carvalho da Silva. Há esquemas que não lembram ao Diabo.
*a notícia não aparece completa online, mas já dá para ter uma ideia.
Adenda:
Nunca se deve menosprezar a esperteza dos políticos. Não são geniais, mas não esqueceram os truques de criança. Repare como estas nos restaurantes, quando vão com o pai ou com a mãe desavindos, e não querem comer a sopa, começam a fazer birra e a pedir um «chicolate». E o progenitor de serviço nesse fim de semana, para não ver a sua imagem estragada com a birra do fedelho, manda-o ir ao balcão escolher o «chicolate» do seu agrado. Ficam os dois satisfeitos ou aliviados, mas a saúde do miúdo acaba por sofrer com a má alimentação.