A máfia da blogosfera
14
Jan 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 22:35link do post

Sou um cidadão alerta. Tenho esta irritante mania de identificar os males da nossa sociedade e de os coleccionar num caderninho comprado exclusivamente para esse efeito. Normalmente mando as reclamações para o "Nós por cá", por achar que os deputados não me dariam ouvidos. Mas com esta história, acho que posso tornar públicas algumas das minhas preocupações:

 

O café: tem demasiada cafeína que pode ser nefasta para a pessoa, por isso, deveria ser proíbida a bica e apenas deveria ser comercializado o descafeinado. E apenas um por dia, que mais é pior.

 

O queque: é um bolo que engana o consumidor, o consumidor olha para aquilo e pensa que não faz mal, vai-se ver e está carregadinho de gordura. Proponho a erradicação do queque das pastelarias do país.

 

Os livros do Miguel Sousa Tavares: são maus, é verdade. E os consumidores ao verem na capa que são muito vendidos acabam por cair no logro e gastam o seu dinheiro num produto de má qualidade. Reinvindico, por isso, que seja proibido editar mais livros do senhor.

 

Os sofás fofinhos: todos sabemos que fazem mal às costas e todos fingimos não querer saber. Os sofás fofinhos são um flagelo neste novo século, primeiro, porque são baratos, depois, são, regra geral, esteticamente apelativos, ou seja, enganam-nos com uma pinta que nem digo nada.

 

Os cotonetes: imensa gente usa mal o cotonete, não sabe que não pode enfiar muito lá para dentro. É seguramente um atentado à saúde pública, por isso, é retirá-los das prateleiras dos supermercados.

 

A Aspirina: ouvi no outro dia na rádio que é o medicamento que mais mata no mundo, e como temos o direito à vida, há que proibir a venda deste veneno autêntico. Maldito lobby dos farmacêuticos!

 

Os telemóveis: é público que emitem radiações extremamente prejudiciais à saúde humana. Nunca se perguntaram porque é que os visionários cubanos o proíbem?

 

Para já fico-me por aqui, mas acreditem que vou continuar alerta. Não posso compactuar neste atentado à liberdade de não ser enganado dos consumidores, todos temos o direito à protecção no consumo!

 

Nota: obviamente, estou a ser irónico, eu não defendo realmente isto. É apenas uma forma de "gozar" com o pão sem sal a que estamos obrigados a comer pelos nossos deputados.

post-post-scriptum: um dia vou para comunista

Concordo mais ou menos, ou de todo, com as proibições enunciadas, excepto com os «maus» livros de Sousa Tavares e com a sua não publicação.
Quanto à continuação da elaboração de lista de coisas más, absurdas ou que deveriam ser repelidas ou proibidas, acho bem de todo, porque há por aí muito lixo ou inutilidades a serem consumidos.
Dá, realmente, algum trabalho e perde-se algum tempo em observações e anotações. Haja, porém, alguém que queira enfronhar-se nisso e talvez outros sigam o mesmo caminho.
Mírtilo a 15 de Janeiro de 2009 às 00:14

Eu estava a ser irónico, caro Mírtilo...

Cumprimentos

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