Neste dia chovem as mensagens, os telefonemas, os e-mails e até os pombos correio para cumprir o ritual anual de desejar um "bom ano". Chegamos até a bater recordes mundiais que levam as operadoras móveis a cortar a gratuitidade das mensagens escritas. Há também as comunicações solenes dos líderes dos partidos, do governo - parece que vamos ter muito rendimento disponível não é verdade? - e do Presidente da República. Tudo gente que sabe daquilo que precisamos que saibam e que certamente desejam o melhor para nós, ou não fossem eles políticos. E há também, aqui mesmo, na blogosfera, a febre do e-mail e do comentário, mais não seja em busca de uma referência num qualquer lado, e da atribuição de prémios a estes e aos outros, de modo a que saibam que achamos que foram excepcionais ou não. Tudo isto na meia dúzia de dias que circundam a grande Meia Noite.
Enfim, eu não vou fazer como os primeiros e enviar mensagens ocas, quem deve saber, sabe que lhe desejo um bom ano. Não vou fazer como os segundos e dizer que vai ser muito bom ou que vai ser muito mau, até porque não sei. Não vou ser tão-pouco como os terceiros e andar a mandar cansativos e-mails para tudo quanto é desconhecido nem vou atribuir da minha parte prémios (apenas vou participar no "júri" dos Prémios Corta-fitas 2008), até porque não sou suficientemente bom para poder avaliar quem quer que seja. Vou apenas e humildemente deixar aqui um desejo de que todos tenham um óptimo 2009, sejam ou não conhecidos, sejam ou não leitores, e que o que aí vem não seja o ano do fim da blogosfera e mais o Apocalipse e tudo isso junto que tanta gente profetiza para nada. Muito festa, muita alegria e muito boas entradas!