Há algum tempo houve por terras lusitanas um peculiar concurso cujo objectivo era eleger os Maiores portugueses da História. Peculiar foi o resultado. O vencedor foi o saudoso Salazar. O segundo lugar foi para o bem-amado Álvaro Cunhal. O terceiro lugar para o quase desconhecido Aristides de Sousa Mendes.
Houve na Rússia um programa nos mesmos moldes e as conclusões são fantásticas. Cinquenta milhões de pessoas votaram e 11,5% das pessoas consideraram que Estaline foi o maior de todos os russos, ficando o ditador a apenas duas décimas do primeiro lugar.
É impressionante a rapidez com que todo um povo reabilita indivíduos que tanto mal fizeram à humanidade. O caso de Estaline, dado como responsável por dezenas de milhão de mortes é, provavelmente, o mais incompreensível. Durante trinta anos este louco fez em cada russo um inimigo, enviando tantos quanto podia para gulags, fazendo purgas no próprio PCUS e criando até um pacto de não-agressão com Hitler. E por falar em Hitler, só este falta. Na Alemanha ainda é tabu, mas não restem dúvidas que os movimentos neo-nazis estão aí e em força.
Peroai-lhes Senhor, que não sabem o que fazem.