Em Portugal, bem como na generalidade dos países com economias semelhantes, cerca de 50% do PIB serve para financiar o estado. Esta anormalidade é justificada com o bom velho "Estado Providência" - este assunto ficará para uma proxima oportunidade. O que eu não entendo é o porquê de em vez de termos um sistema fiscal simples em que taxa apenas o rendimento, temos um sistema fiscal em que tudo é taxado: rendimentos e consumos. Não é absolutamente nada funcional e a atestá-lo estão as falhas de eficiência fiscal. Porque é que em vez de termos IVA, ISP, IMI e todos esses impostos dos quais muitas vezes é possível fugir, não temos apenas um imposto que incida a montante: no rendimento. Um IRS e um IRC bem gordos que financiem o estado da mesma forma, trazendo, no entanto, outras vantagens. A tão aclamada justiça social podia ser uma realidade palpável, dado que os impostos sobre rendimentos são progressivos, ao contrário dos que incidem sobre o consumo. Existiria uma eficiência muito maior no recebimento dos impostos e a detecção de fraudes seria muito mais fácil.
Se calhar esta é uma das coisas que nos falta: um sistema fiscal mais simplificado.