
Ontem fizeram 90 anos do assassinato da Família Romanov, isto é, da afirmação em pleno do Comunismo de Lenine na Rússia. O assassinato, que por si só já é bárbaro, dos Romanov foi particularmente cruel. Segundo relatos que li, aquela família foi guardada em Ekaterimburgo no seu Palácio de Verão sem quaisquer condições para uma vida digna, segundo os padrões da altura. Depois de meses em cativeiro, no dia 16 de Julho, foram convidados a tirar uma fotografia, uma última fotografia, para depois serem brutalmente executados por fuzilamento. Depois do caminho aberto, depois do Exército Branco deixar de ser ameaça, o PCUS (o partido comunista da Rússia) tratou de transformar a Rússia por completo, para um palco de morte, fome e miséria. As mortes causadas pelo regime comunista são incontáveis, os números variam entre os 20 e os 40 milhões, desde as purgas dentro do próprio PCUS causadas pela esquizofrenia Estaliniana até ao simples camponês visto como ameaça e enfiado num Gulag com uma chávena de chá com 8 gramas de açúcar a servir de ração diária, por toda a Rússia se sentiu o terror comunista. O comunismo causou tantas ou mais mortes que o nazismo, o fascismo ou qualquer outro ideal, no entanto, anda por aí, a contaminar os Parlamentos por essa Europa fora, sem que NUNCA um comunista tenha sido condenado pelos seus actos. Isto mete-me nojo. Mete-me nojo o cinismo dos comunistas quando se referem aos EUA - que dão uma lição de democracia a qualque comunista, quando se referem à ameaça neo-nazi, quando condenam actos, decerto condenáveis, mas não por quem não tem autoridade moral para tal. Quando é que o socialismo totalitário, quando é que as insurrecções armadas, quando é que as pretenções de autocracias são, de uma vez por todas abolidos? Quando é que o comunismo vai ser tratado da forma que merece: como uma ameaça à humanidade?
Adenda: e agora isto, se Russell ainda estivesse vivo, teria novas razões para escrever Por que não sou cristão?