desde os primórdios da existência do "estado" que este sistema é visto como algo que foi concebido para proteger a população - o estado protector. no entanto, esta protecção que começou por incidir apenas na defesa da lei e da moral foi aumentando. depois da segurança veio a economia, campo que o "estado" invade sempre que qualquer problema ocorre. depois veio todo um grupo de áreas de intervenção como a educação ou a saúde, para que nada nos falte. neste momento estamos perto do cúmulo da protecção: temos um estado que não deixa chumbar crianças, um estado que não deixa falir empresas, um estado que, mais dia menos dia, não nos deixa comer um bolo por causa das calorias. um cenário quase à "admirável mundo novo": a ninguém pode acontecer qualquer fatalidade. há que colocar o estado, e com "estado" digo "governos", no seu lugar, ou seja, admitir que assegurem certas coisas essenciais: a satisfação das necessidades colectivas, por exemplo, mas não permitir a intromissão exagerada na vida privada de cada pessoa e de cada empresa. não sabe estudar? chumba! não sabe gerir? abre falência! que assim seja.