Ao longo de mais de dez anos, o Pontal foi o palco da reentrada do PSD na política activa. Mas, mais importante do que isso é dizer que esses dez anos de tanta importância acabaram há... dez anos. Em 1998 não houve Pontal, situação que se manteve até 2005. Em 2006 Luís Marques Mendes não esteve presente e em 2007 o partido estava em directas. O Pontal morreu com o consulado de Cavaco.
Apesar de tudo, continua a ter algum mediatismo, principalmente agora por causa da ausência de Manula Ferreira Leite. Para ajudar às festividades, Ângelo Correia, o eterno contestatário, vem fazer ataques directos a MFL que lhe responde como melhor faz: com silêncio. Não sei se será certo MFL não ir ao Pontal, podia fazer a reentrada na Universidade à mesma indo ao Pontal. E porque não fazer duas reentradas? A ideia de um retorno marcado numa universidade leva a que se pense no PSD como um partido de elites, que o não é. Para além disso, MFL tem imagem de baronesa, é da ala não populista do PSD que está neste momento ocupada pelos eternos derrotados: Santana e Ângelo Correia.
Acredito que tenha sido uma escolha difícil: ter um Avante Social-Democrata e ser (ainda mais) ligada à imagem de Cavaco ou não o ter e ser atacada por elitismo. Esperemos que tenha feito a escolha acertada, eu por mim, mantenho sérias dúvidas.