Diz-se de boca cheia que a República Portuguesa é um estado laico. Disparate! A verdade é que a igreja ainda tem uma influência em algumas regiões tão grande como no tempo do Cerejeira, principalmente nas regiões mais periféricas e nas pequenas aldeias em que o Senhor Padre manda mais que o Presidente da Junta. Apesar de estar instituído que na política portuguesa a igreja não deve intervir, ela fá-lo, sempre! E o pior é que vem sempre estragar o debate com os maiores disparates que se podem imaginar, desta vez, insurgem-se contra o divórcio por decisão unilateral, porque as pessoas devem ter a capacidade de "perdoar e de manter os compromissos, mesmo quando as condições mudam e exigem sacrifício (...)". Este tipo de declarações e o facto de a igreja se estar a colar a Cavaco só vêm descridibilizar o Presidente, que no seu comunicado não disse nada disto. Para ajudar às festividades, a percentagem de casamentos católicos em Portugal é cada vez menor, ou seja, o casamento é cada vez mais um contrato civil e não um contrato religioso, razão pela qual a nossa querida igreja devia abster-se de comentários infelizes. Aos senhores da igreja: tenham vergonha!