A máfia da blogosfera
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Dez 08
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:20link do post | comentar
Existe uma coisa que difere, e muito, o poder autárquico do poder central. É que o primeiro é realpolitik pura, simplesmente gestão já padronizada de um conjunto de pessoas e responsabilidades, com mais ou menos competência. Penso que isto é pacífico. Não existem diferenças substanciais entre uma autarquia comunista e uma autarquia social-democrata. Por outro lado, o exercício do poder central, apesar de estar cada vez mais próximo do autárquico na forma, ainda dá azo a alguma liberdade ideológica: mais políticas sociais com aumentos de impostos, mais liberdade na afectação dos recursos com a baixa dos impostos, sistema de saúde público ou não, sistema educativo público ou não. Aqui, no poder central, interessa verdadeiramente o pensamento de quem lidera, no autárquico, não tanto.
É por isto que não percebo o alvoroço que se sente a cada página de jornal lida, a cada notícia da televisão, a cada comentário na rádio, por Pedro Santana Lopes ser o candidato do PSD por Lisboa. É verdade que Pedro Santana Lopes e Manuela Ferreira Leite têm visões diferentes da política, mas é isso critério para a escolha de um candidato a uma autarquia? Ficava um bocadinho limitada a pobre senhora se só pudesse escolher quem é igual a si.
Se Santana Lopes fosse escolhido para ministro, até eu me juntava ao coro, mas relaxem, é uma autarquia e o mais certo é acontecer o que a Filipa Martins já aqui disse: ele ficar vereador e não chatear no Parlamento. Calma.

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