
Isto é desastroso. Não a baixa de retenções, que analisada superficialmente é excelente. O problema é que tudo assenta num tremendo facilitismo. Os alunos não trabalham para saber, trabalham para passar. Está já instituído. O que acontece depois é que temos gente nas universidades a não saber escrever um texto ou fazer uma conta. Universitários esses que depois entram para o mercado de trabalho e pela falta de aptência para trabalhar acabam por ir ou para a função pública ou para o centro de desemprego. Mas o mal não é só dos ministros. O mal é de toda a sociedade que só consegue avaliar uma govenação através das famigeradas estatísticas. Crescemos 0.2%? O governo não presta. Os alunos chumbam? Demita-se a ministra. E por isto ficamos. As legislaturas são corridas à estatística e ao charme, às capas maravilhosas que, como todas as outras, não permitem avaliar o livro. Os males da educação não se resolvem com melhorar as estatísticas, resolvem-se, como já disse aqui, com uma mudança de mentalidades para que a educação seja encarada como essencial e não como um atelier de tempos livres.
Adenda: O Mário Nogueira concorda comigo.