A máfia da blogosfera
31
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:26link do post | comentar

Um longo processo mal conduzido, por José Medeiros Ferreira

Astérix de Marx, por Henrique Raposo

Com 200 euros, por Francisco José Viegas

 


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:55link do post | comentar | ver comentários (8)

Acrescente-se uma coisa a este texto. É curioso como o João Galamba diz que «a direita tende a concordar com Hobbes, que tem uma visão sombria e pessimista da existência humana e que desvaloriza a dimensão criativa do debate democrático.» É curioso porque coloca a «Direita» como uma fiel devota de Hobbes e não coloca a «Esquerda» como uma fiel devota de Rousseau ou Marx. Isso deve ser porque a «Esquerda» evoluiu e até se tornou democrática!, enquanto a «Direita» ficou como era há duzentos anos atrás, igualzinha. Mas, João, temo que a avaliação pessimista do ser humano esteja mais presente na «Esquerda» (aqui falo dos socialistas, claro) do que na «Direita» (onde se costumam colocar conservadores e liberais). É que a primeira vê-se obrigada a impor ao homem que faça bem a si próprio (até o proíbe de comer pão com sal, que faz mal), enquanto a segunda deixa o homem viver como quer, atribuindo-lhe um grau de liberdade e independência que a «Esquerda» não tolera. Estaremos confusos?

 

(editei este texto, porque estava factualmente enganado na primeira edição. Hobbes não esteve na génese da Esquerda quando se criou o conceito. obrigado ao Miguel Madeira)


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:28link do post | comentar | ver comentários (3)

Eu estava a ler este enorme texto do João Galamba e confesso que a imagem que o João me transmitiu foi qualquer coisa como o mundo separado a meio por um rio, de um lado a margem Esquerda, do outro a margem Direita. O mundo dos esquerdistas era admirável, como o outro: sempre optimistas, idílicos, de olhos postos no futuro e tal. O mundo dos direitistas era um assombro: gente com o Leviatã na mão, recitando passagens, gente a falar dos antigamentes e como era bom o tempo sem televisão. No fim apercebi-me: o exercício do João foi um exercício fútil de mera assunção de um preconceito insanável.

Em primeiro lugar, discordo desta coisa de uma esquerda e uma direita. Para ser franco, do que discordo mesmo é da aplicação destes dois conceitos na actualidade, visto que estão completamente deslocados daquilo que eram quando criados, mas enfim. Se o João Galamba me dissesse: os social-democratas são visionários, ou os conservadores são tacanhos, a coisa ainda se aceitava, ainda que estivesse errada na mesma. Porque a verdade é que o que o João está a dizer é que há algo genético que nos faz ser de esquerda ou de direita. Isso é tolo. Eu pergunto ao João onde se situam os liberais no meio dessa festa toda e o João responde-me com um silêncio quase tão grande como o seu texto. Eu pergunto ao João onde se situam os comunistas no meio dessa festa toda e o João responde-me com um silêncio quem sabe ainda maior.
Estudos quase filosóficos, quase, sobre a direita e a esquerda enquanto conceitos abstractos são inúteis. E são inúteis porque, em primeiro lugar, tentam criar o personagem-tipo de direita e o personagem-tipo de esquerda, como se todos fossem iguais e, em segundo lugar, porque esses conceitos são completamente desprovidos de significado e servem apenas para minar o debate político e criar barreiras psicológicas para o diálogo. Barreiras como a implícita no texto.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:58link do post | comentar | ver comentários (1)

Os blogues feitos por jornais e revistas são um nojo. Começou a Sábado com o blogue de direita e o blogue de esquerda. Dois blogues que reúnem gente que escreve extremamente bem, mas que mal se consegue ler, tal é a quantidade de ruido visual à volta do texto. O Aparelho de Estado, que tem um excelente colectivo, tem a letra minúscula, não tem um ligação para os textos todos e tem aquele mesmo ruído visual horrível à volta. Tratem lá disso, façam coisas mais limpinhas e mais legíveis que as minhas dezanove dioptrias no direito estão a dar cabo de mim.


30
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:22link do post | comentar

Se eu pedir ao Pedro Vieira que faça um boneco parecido a este mas para os pontos de interrogação, terei de pagar muito, pergunto. É que os pontos de interrogação são tão feios!


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:55link do post | comentar | ver comentários (13)

Volto a discordar do Pedro Picoito em relação ao casamento homossexual. Apesar de não referir explicitamente a conclusão a que quer chegar, ela aqui é óbvia.

Não interessa absolutamente nada quantos pares homossexuais se querem casar. Até podia ser nenhum. Isso não invalida que tenha de haver o direito a casar, caso se queira. Dizer que o casamento homossexual não faz sentido porque a esmagadora maioria não quer casar é igual a dizer que o casamento como o conhecemos deveria acabar porque há muita gente em união de facto.
Dou-lhe, no entanto, total razão quando fala na luta tribal e quando se opõe à descabida ideia de que deveria haver um Presidente gay apenas por ser gay, como se Obama tivesse sido eleito apenas por ser preto. Isso é manifestamente estúpido e apenas lhes faz moça à causa. Ser homossexual, negro ou até mesmo daltónico não é, por si só, uma porta de acesso a lugares de topo. Mal estaria o mundo se a emancipação de grupos ostracizados obrigasse a que elementos desses grupos (apenas por o serem) tivessem de exercer cargos de que natureza fosse.
E até digo mais. A questão do casamento homossexual deveria fazer-nos reflectir numa coisa ainda mais importante. É que não deveria ser o caso de os pares homossexuais receberem os mil e tal direitos dos casais heterossexuais. A discussão deveria ser, precisamente, sobre esses direitos que já existem e que não têm fundamento. O casamento homossexual não tem de ser uma porta de entrada para benefícios e privilégios. Do mesmo modo que o casamento heterossexual não o pode ser. Acabe-se com os direitos e tal e todos, mas todos, podem casar com quem quiserem sem que haja qualquer intromissão do Estado.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:22link do post | comentar | ver comentários (3)

E essa questão traz um problema, a meu ver, muito grave. Enquanto num país como os EUA o povo conhece minimamente a sua Constituição, em Portugal essa é quase uma missão impossível. É essencial (apesar de já sabermos que estamos a pedir demais) que na próxima revisão se façam duas coisas: simplificar a Constituição e remover do texto qualquer tipo de marca ideológica. Podem começar pelo preâmbulo.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:14link do post | comentar | ver comentários (3)

No debate político em Portugal, um indivíduo que defenda uma economia de mercado é, só por isso, um liberal. Ou neo-liberal, ó afronta parlamentar das afrontas parlamentares.

Este fenómeno deve-se, essencialmente, ao facto de aqueles que defendem a economia de mercado dizerem de si que são liberais. Estes «liberais», que se assumem como tal apenas por pose e porque ser liberal é como comer hamburgueres: very american thing; acabam por destruir à partida a imagem que a ideologia pode ter junto da massa que não se preocupa em investigar, mas apenas em absorver o que a televisão diz.

Não meus amigos. Ser liberal não é só defender a economia de mercado. Enquanto não se perceber isto, não poderá haver liberalismo no nosso país.


29
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 23:25link do post | comentar | ver comentários (8)

I. Recentemente foi noticiada uma medida que me parece muito, mas muito positiva por parte do Partido Socialista. A ideia é criar um espaço de livre circulação de bens, pessoas e capitais nos países da CPLP. Não sei até que ponto isto pode trazer complicações com a EU. Mas se não houver impedimentos, isto é um salto gigante na internacionalização da economia portuguesa. Os ingleses há muito têm a sua Common Wealth que deu resultados. Se for criado algo assim, as trocas comerciais e não só terão um grande crescimento. Além disso ficamos muito a ganhar à conta do Brasil e de Angola. Branco.

 
II. Também nos últimos dias o Partido Socialista prometeu algo completamente bizarro: dar um subsídio de 200€ a cada recém-nascido que só pode ser levantado quando petiz se tornar adulto. Como apoio social é ridículo. Se sou muito céptico quanto ao Estado Social, este apoio apenas aumenta o meu cepticismo. Este dinheiro não fará diferença nenhuma. Por isso, revela-se apenas uma arma de propaganda. Um partido está a prometer uma coisa que só poderá ser cumprida daqui a dezoito ou dezanove anos e a pedir votos com base nisso. Para além de ser uma forma quase discreta de comprar votos, é manifestamente estúpido. Preto.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:20link do post | comentar | ver comentários (2)

Não fazia ideia que ela pertencia à equipa. Isso explica tudo. É que é para mim impossível que alguém de fora do ministério leia, por exemplo, o 75/2008, e consiga dizer a seguir, sem se rir, que «A política educativa tem ido no sentido correcto». Então se tiver algum contacto com uma escola e com o seu funcionamento, a bizarria toma proporções bíblicas.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:15link do post | comentar | ver comentários (5)

A necessidade que José Sócrates tem de, na apresentação das suas propostas, se ver rodeado de figurões como Isabel Alçada, que, aposto, não deve ter lido um único decreto sobre educação nos últimos anos, mostra simplesmente a incapacidade que tem de se fazer acreditar junto dos interlocutores. É o resultado de mais de quatro anos a destruir aos poucos a sua credibilidade com o seu estilo plástico, a sua voz ensaiada.

Agora arrasta consigo personalidades que sempre ficaram de fora da esfera do poder e da luta partidária. Personalidades que gozam de algum apreço junto da população em geral. Provavelmente, essas pessoas nem imaginam ao que vão. Quando vierem, vão perceber.

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 12:04link do post | comentar

Que ela não batia bem já eu sabia. Ela nunca me enganou. Uma mulher daquela idade a ir-me para as discotecas como se tivesse vinte anos, com aqueles penteados, aquelas pinturas na cara, e tudo, e tudo, e tudo, só me deixava mais com a pulga atrás da orelha. Agora também vos digo, nunca imaginei que fosse fazer uma coisa destas. Com franqueza. Uma senhora com filhos, que aparece nos programas da manhã a dizer-me como vai ser o meu dia (às vezes acerta, a bruxa!), aparecer toda descascada, Deus me perdoe, numa revista para a rapaziada não é correcto. A dona Maya devia ter mais cuidado com a vida dela, porque isto não é maneira de se andar. Olhem se eu, Clotilde Adolfo Ernesto, me fosse meter a tirar fotografias toda despida. Nem o meu Adolfo me voltava a botar a vista em cima. E o que iam dizer os vizinhos e os amigos do meu mais novo… Nem quero pensar. Isto já não é nada como antigamente. É o que eu estou farta de dizer: faz cá falta um Salazar, para meter isto tudo na ordem.
 
Clotilde Ernesto

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 11:25link do post | comentar

 

René Magritte, Golconde, 1953


28
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:15link do post | comentar | ver comentários (12)

Discordo do Tiago Loureiro, em relação ao que escreve sobre os liberais e os conservadores. O conservadorismo, mais que uma posição pessoal, é uma linha política com traços muito marcados. Provavelmente o melhor exemplo serão os tories ingleses. São traços marcados do conservadorismo, por exemplo, a defesa de uma solidariedade social próxima à preconizada pelos democratas-cristãos, a contenção no que respeita à imigração, as profundas reservas quanto à promoção de liberdades civis chamadas fracturantes e, até, em algumas situações, a defesa de uma política proteccionista para os Estados, através de limites ao comércio com o exterior. Nada disto se encontra na doutrina liberal. Não significa que conservador e liberal sejam opostos. São apenas diferentes.

O problema quando se fala disto é que conservadores se auto-assumem como liberais apenas porque é próprio do conservadorismo ser cuidadoso com o peso do Estado. É verdade que, e nisto conservadores e liberais estão umbilicalmente ligados, há uma verdadeira oposição a ideias estatizantes. No entanto, essa semelhança de posições não leva a que um conservador e um liberal seja a mesma coisa.

E aproveito até para dizer que o liberalismo está muito, muito mal visto em Portugal porque aqueles que se auto-intitulam de liberais são, as mais das vezes, conservadores numa linha próxima dos tories ingleses ou dos republicanos dos EUA. Um partido que perfilhe verdadeiramente uma doutrina liberal, em Portugal, não há. E faz falta.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:12link do post | comentar | ver comentários (9)

Há em Portugal três grandes ideologias que obtêm a simpatia do eleitorado: a social-democracia, o liberalismo e o conservadorismo. Apesar disso, os partidos existentes não estão alinhados com estas ideias. A social-democracia está repartida entre o eleitorado (atenção: eleitorado é diferente de direcção) comunista, bloquista, socialista e social-democrata. O liberalismo está repartido em duas vertentes: na vertente económica, chamemos-lhe assim, está disseminado principalmente entre CDS, PSD e PS; na vertente social reparte-se entre bloquistas e socialistas. O conservadorismo reparte-se essencialmente entre PSD, CDS e, arrisco, PCP.

O principal problema desta indefinição ideológica dos partidos, que não têm qualquer tipo de doutrina na sua base - é o triunfo da realpolitik, dizem - é que o eleitorado que tem uma ideologia própria tem sempre de escolher pelo mal menor. Por exemplo, um indivíduo assumidamente liberal em todas as suas vertentes tem de fazer uma opção entre, lets say, o CDS, abdicando do seu carácter algo progressista; e o Bloco, cedendo às derivas estatizantes e repressivas que tão bem conhecemos.

Seria ideal que se recriasse o espectro: três grandes partidos, ideologicamente bem alicerçados: um grande partido social-democrata, um grande partido liberal e um grande partido conservador.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:50link do post | comentar | ver comentários (2)

Após alguns cálculos toscos chega-se à conclusão que este ano sairá do erário público para os partidos uma quantia superior a 30 milhões de euros.

É um valor monstruoso e muito superior ao necessário para que se cumpra o objectivo inicial: o de haver partidos e, portanto, democracia. Em primeiro lugar, este principio de que é necessário um financiamento público para que haja partidos é assustador: é mais uma forma de o Estado decidir pelas pessoas de que modo estas devem viver. Em segundo lugar, esta forma de financiamento perpetua os mesmos partidos de sempre na AR, colocando-os num patamar muito diferente de um partido com o MEP ou o MMS, que me parecem ser ainda os mais promissores de todos os jovens partidos.

Gostaria muito, mas muito, que houvesse algum partido que apresentasse como proposta o fim desta forma de financiamento. O ideal seria o fim do financiamento público. Só assim a democracia pode respirar.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:28link do post | comentar | ver comentários (6)

A blogoconferência de ontem, que reuniu José Sócrates e vinte bloggers correu bastante bem.

O simples facto de ter feito isto já é um enorme ponto positivo. Aliás, depois de Paulo Rangel e José Sócrates a fazer coisas como esta, percebe-se a importância que a blogosfera e as redes sociais já têm na comunicação política. A operação de charme saiu barata e permitiu textos como este que escrevo. Um outro ponto positivo foi o facto de não ter havido transmissão em directo. Ao que parece, segundo o Sapo, não havia problema técnico nenhum, o que me leva a desconfiar. De qualquer modo, assim, o Jamais e o Afilhado terão imagens exclusivas (haviam de ver, eu todo pimpão com a câmara do João Caetano Dias e com o copinho de água a servir de tripé).
Bom, independentemente de tudo, a iniciativa por si foi bastante positiva e se calhar vai sendo tempo de os líderes dos outros partidos começarem a pensar em aderir a este tipo de evento. Confesso que teria imenso prazer em fazer umas perguntinhas a mais umas pessoas.

 

[também no Jamais]


26
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 11:18link do post | comentar | ver comentários (40)

No seguimento deste post alguns comentadores responderam, simplesmente, que o direito à saúde é uma questão de facto. Existe, ponto. O argumento maior era a consagração da saúde pública na Constituição. A discussão trouxe-me a este post.

Existem dois tipos de direitos: direitos morais e direitos legais (dentro dos legais podem incluir-se os contratuais). Muitas vezes, um direito moral é um direito legal. No entanto, todos percebemos que nem sempre é assim (por exemplo o direito das mulheres a votar não estava consagrado na lei no passado). E também é facilmente compreensível que um direito legal nem sempre é criado com base num direito moral (é o caso do direito à saúde).
Peguemos no exemplo das mulheres que não votavam. Muitas pessoas à data defendiam que se tratava de um direito extremamente elementar: a possibilidade de pessoas adultas se poderem pronunciar sobre o seu futuro. O facto de não ser um direito legal era apenas um impedimento a que o direito moral se concretizasse. Situações semelhantes, em que o direito moral não é transposto para o legal, aconteciam com os escravos ou, actualmente, com os homossexuais.
Agora pensemos no direito à saúde. Será que antes de estar consagrado na lei que havia direito ao acesso a cuidados de saúde, este direito era um direito? Será que uma pessoa doente, antes de estar na lei esta imposição, tinha o direito de obrigar outros a financiar os seus tratamentos? Não. Não existe esta obrigação moral. Mesmo no actual sistema o leitor compreenderá que se uma pessoa lhe vier pedir dinheiro e o leitor escolher dar, não está a cumprir uma obrigação mas sim a agir de forma completamente livre. Do mesmo modo, se alguém lhe pedir dinheiro e o leitor não der, não estará a desrespeitar um direito e a não cumprir uma obrigação.
O direito legal à saúde vem no seguimento de uma discussão, que me escuso a avaliar, sobre os benefícios para o colectivo. Mas é apenas isto: um direito legal. É muito pouco plausível que se trate de um direito moral (que implica uma obrigação moral para terceiros). O mesmo acontece com todos os outros direitos legais: Educação, Segurança, Justiça, Trabalho ou até mesmo o direito a prestações sociais.
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publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 11:00link do post | comentar | ver comentários (2)

 

"No Irão morreram mais de 20 pessoas em protesto contra os resultados eleitorais e exigindo mais democracia. As liberdades fundamentais foram suspensas. Nas Honduras, militares golpistas extraditaram o presidente democraticamente eleito. Os protestos já geraram duas vítimas mortais. As liberdades fundamentais foram suspensas. Na China, 140 pessoas morreram em protestos contra a suposta hegemonia de uma etnia. 1400 pessoas foram presas e as liberdades fundamentais foram suspensas.Estamos fartos disto! Estamos fartos de repressões e ditadurices. Estamos fartos de desrespeitos claros aos mais básicos direitos fundamentais. Estamos fartos de ver a liberdade ser suspensa. Estamos fartos de ver a democracia ser adiada em tantos países. Estamos fartos da paz ser constantemente hipotecada. Não pode ser! Estamos fartos e, dentro das possibilidades de cada um, vamos fazer barulho por isso! Temos dito!"

 

Este é uma espécie de manifesto que tem circulado pela blogosfera. O Stran sugeriu-me que o postasse com o melhor dos argumentos: não custa nada. No entanto, penso que este tipo de iniciativas peca por pura e simplesmente não ser nada. Isto não é nada. Este vídeo alerta algumas pessoas para o problema e é só. É apenas uma forma de, com tecnologia, dizermos que temos pena. Não chega.


25
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:29link do post | comentar | ver comentários (5)

Já agora, por Helena Matos.


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