A máfia da blogosfera
16
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 20:06link do post | comentar | ver comentários (2)

1. O 2711, com cujo painel simpatizo imenso, está renovado. Ainda melhor, digo eu.

2. O Sinusite Crónica parece ter chegado ao fim. É uma pena, que poucos são os lugares onde se pode ler do que ali se lia.

3. É o mistério do momento. O Francisco José Viegas suspendeu A Origem das Espécies. Temporário ou definitivo, isso, ninguém sabe.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:41link do post | comentar | ver comentários (1)

O novo Estatuto da Carreira Docente, apresentado como uma verdadeira revolução no sistema de ensino nacional, é, manifestamente, um fracasso. A separação entre titulares e não titulares utilizando como base tudo menos a qualidade das aulas é um absurdo. Maior absurdo ainda se atentarmos ao facto de serem os titulares quem “avalia” os restantes professores. Ainda assim, admitir o erro foi sempre algo a descartar e desfazer o mal seria uma derrota política. Agora, que a questão saiu das televisões e já ninguém se lembra sequer que há escolas neste país, o Ministério, pela boca do secretário de Estado adjunto, vem ceder, deixando cair os pilares principais da reforma, alegadamente em troca de uma calmia nas ruas que já existe. A estratégia é óbvia. As eleições estão próximas e não se pode abdicar, agora que se vê por essa Europa fora a Esquerda a cair, de algumas centenas de milhar de votos. Já o povo diz “com papas e bolos se enganam os tolos”. Veremos se o charme colhe e se o adágio se confirma.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:35link do post | comentar | ver comentários (22)

Esqueçamos que estamos em crise. Esqueçamos simplesmente os condicionalismos actuais e prendamo-nos apenas com a discussão abstracta deste assunto. Bem sei que muitos me dirão que não o posso fazer. Que se danem, que no meu blogue faço o que me apetecer.

A primeira pergunta, retórica, que a resposta sei-a eu, é: como se define um preço? Haverá algo neste mundo cujo valor monetário seja intrínseco? Há algum bem que em qualquer parte do mundo, em qualquer momento da História, tenha tido o mesmo valor? Não. E a razão é muito simples. Por muito que se faça por esquecer este pequeno detalhe, o preço do que quer que seja é estabelecido pelos mecanismos de oferta e de procura. Vale aquilo que o comprador estiver disposto a pagar, conjugando essa disposição com a do vendedor. Quanto queres, quanto dou. Nada mais básico, nada mais fundamental. É isto o preço.

Descoberto que está como se estabelece o preço do que quer se seja, que outra forma não existe que seja tão fiável, como é que se pode aceitar que o Estado fixe preços mínimos, como o preço mínimo pago pelo trabalho, mais comummente conhecido por “Salário Mínimo Nacional”?


15
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:46link do post | comentar

 Esta é a mais recente música dos Xutos e Pontapés, Sem Eira Nem Beira. A questão que se impõe agora é: irá juntar-se Tim, Zé Pedro e o resto da malta ao João Miguel Tavares?


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:19link do post | comentar

Cabe-me agradecer, e muito, ao António de Almeida por me considerar um "jovem que pensa" digno de referência. Tinha prometido a mim mesmo parar com as correntes na altura em que se tornaram moda, mas como estão mais calmas e sabe sempre bem ser duplamente elogiado: de jovem e de bem-pensante, dou continuidade, escolhendo mais dez pessoas. Ora, os meus escolhidos, e não sei se já o foram por alguém, são, por ordem alfabética:

 

Adolfo Mesquita Nunes

Ana Margarida Craveiro

André Couto

Carla Hilário Quevedo

Daniela Major

Jorge Assunção

José Costa e Silva

Samuel de Paiva Pires

Tiago Barbosa Ribeiro

Tiago Loureiro


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:23link do post | comentar | ver comentários (4)

Se há coisa estranha nesta vida é este perturbador hábito, qual hábito, vício de blogar. O que no início começa como uma descoberta, ai que giro!, acaba por se tornar uma rotina. Ouvir as notícias da televisão, ler os jornais possíveis, cirandar pela blogosfera e, em menos de um ai formar uma opinião e estar preparado para a defender como se da nossa vida se tratasse. E não é só isto. O mais impressionante é que revelamo-nos, sem pudor, a desconhecidos. Sabem-nos, se quiserem. Compreenderem-nos, isso, já é outra coisa.

Mas a verdade é que é bom fazer este exercício. Discutir as nossas mais profundas convicções, tomar contacto com outras perspectivas e até, por vezes, criar quase-amizades, companheirismos. É bom, quase sempre. Quase sempre porque depois surge a outra face da moeda. Se da Internet podemos tirar muitos proveitos, dela virão, sem sombra para dúvidas, muitos dissabores. Gente que, também não nos conhecendo, faz questão de nos chamar aquilo de que se consegue lembrar. Gente que, e reforço que não nos conhecem, se diverte, será divertimento na certa, a mandar-nos abaixo. Estúpido. Idiota. Lambe-botas. Diminuido. Otário. Burro, mesmo. É tudo uma questão de originalidade.

Até agora tem sido positiva esta experiência, mas o prato dos contras começa a pesar e o ânimo já não é o mesmo. A ver vamos, a ver vamos.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:19link do post | comentar

«Vivemos numa época em que mais que nunca o Estado se preocupa com a saúde dos cidadãos. Como bem notava Vasco Pulido Valente na semana passada no Público, os motivos para esta inquietação estão longe de ser altruístas. Menos doenças equivalem a menos despesas com a saúde. Mas imaginemos uma pessoa magra, não fumadora, que nem sequer come pão com ou sem sal, mas que padece de uma doença respiratória qualquer. A essa pessoa de nada servem as campanhas de prevenção e proibição. As doenças respiratórias são a terceira causa de internamento em Portugal e nem todos os pacientes sofrem de cancro do pulmão. Muitos padecem de alergias e são asmáticos. O que fazer para impedir estas doenças crónicas? Talvez o Estado pudesse proibir os pólenes que ousam passear por aí nesta estação do ano. Já que se legisla por tudo e por nada, que se fizesse uma lei contra as flores, as árvores e os jardins. E contra as vassouras, que, atrevidas, levantam o pó. Um português, um aspirador! Em cada bomba de gasolina, uma bomba de asma! Expatriem os ácaros para a Acarolândia! O Estado devia proibir a Primavera. O dinheiro que se poupava se viesse já o Verão.»

 

Carla Hilário Quevedo, do Bomba-Inteligente


14
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 23:40link do post | comentar

Quebrou-se o tabu e foi, finalmente, anunciado o cabeça de lista ao Parlamento Europeu do PSD: Paulo Rangel foi o escolhido.
Há quem diga que a escolha foi óptima, há quem diga que foi um desastre. Eu, que de apostas não gosto muito, não faço prognósticos antes do fim do jogo: o tempo e a campanha o dirão. Sobre Marques Mendes tenho a dizer que, sendo um excelente político e de uma inteligência rara no meio, seria um verdadeiro Menezes se se candidatasse. Não houve alminha que não interiorizasse a sua versão do "Basta!" de Soares.
Há duas notas importantes a reter deste anúncio de candidatura, uma positiva e uma negativa. Do lado da negativa foi o discurso também ele negativo de Paulo Rangel logo ao início: um discurso de candidatura não se quer a desbaratar contra os adversários, a apontar-lhes os defeitos e rugas, mas sim com propostas próprias, propósitos de candidatura: nós, eles que venham depois. Positiva foi, para mim, a sobriedade com que foi anunciado o candidato. Sem músicas gladiadoras, sem coloridos, sem palcos e sem audiências de centenas. Um candidato, uma candidatura. Espectáculo? Esse haverá na campanha, que é para isso mesmo.
Se sabe de Europa, não sei. Mas uma coisa que sei é que o Parlamento perderá um excelente deputado, porque se tem havido figura, dentro dos parâmetros mínimos de credibilidade, capaz de confrontar José Sócrates, essa figura é Paulo Rangel.
 
Nota: imagem roubada gentilmente cedida pelo RMD

13
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:47link do post | comentar | ver comentários (14)

Parece que chegou ao fim a epopeia digna de Homero que foi a escolha do cão presidencial dos Estados Unidos. As crises alérgicas da filha de Barack Obama abriram espaço para que Portugal tivesse, finalmente, o seu lugar no mundo: um cão na casa branca. Começou, então, o frenesim. E foram as notícias intermináveis que mostravam animais felpudos na dianteira e rapadinhos na traseira. E foram os blogues que não se cansaram de dar a ler textos sobre o assunto. E foi o país que esperou com o coração a palpitar - qual crise? - que o novo líder do mundo livre escolhesse um cão de uma raça muito nossa, que só isso faltava, depois das cartas - lembram-se? - ao Primeiro-Ministro e ao Presidente da República, para que nos tornássemos irmãos transatlânticos - qual Brasil?.

Lá veio o Ted Kennedy oferecer um cachorrinho da raça portuguesa ao casal presidencial que dá abracinhos a rainhas e beija o chão à frente de reis. É adorável o bicho: preto com uma gravatinha branca, para fazer contraste. Pena que seja apenas luso-descendente: não tem o mesmo sabor, e que tenha um nome tão cabo-verdiano: Bo. Depois do austríaco que não domina, Barack Obama lançou-se ao crioulo. Enfim. Quatro meses de alegria que agora cessam. Que venha o mundo, que já se faz tarde e tenho coisas combinadas.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:36link do post | comentar

1. O Risco Contínuo regressou. E já não era sem tempo.

2. As Miss Woody e Miss Allen fazem um intervalo.

3. A Isabel Goulão, mais conhecida por Miss Pearls, diz-nos até já. Até já, então.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:55link do post | comentar | ver comentários (3)

Todos os anos, na terra que visito por laços de sangue a ela me ligarem, se realiza, na primeira segunda-feira que se segue a cada Páscoa, que é como quem diz no dia seguinte ao da festividade cristã, o folar. Em bom rigor deveria eu chamar-lhe visita pascal, que é mais canónico, mas muito terreno sou e por isso lhe chamo o que os terrenos lhe chamam: folar que é por causa da tosse.

Ó ritual mais bimbo e ao mesmo tempo mais bonito. Toda a aldeia se veste a rigor, as senhoras com os vestidos mais bonitos que compraram para um qualquer casamento de um qualquer familiar mais o perfume e o colar de pérolas que o não são bem. Os senhores, que no dia-a-dia são homens do campo e neste se metamorfoseiam, vestem as suas camisas claras, os seus fatinhos de domingo e o sapatinho de verniz, que a efeméride não pede menos e má figura não podem fazer. Os jovens, esses, juntam-se em bando, que em terras desenvolvidas do litoral se chamaria gang, e correm as casas todas que podem, tentando até as que não podem, comendo muito e bebendo muito mais. E há o padre, com as pequenas acólitas: uma carrega uma sineta que lhe pesa a olhos vistos, outra carrega um potinho de água que se diz benta por pelo padre ter sido benzida. E há, por último o Sacristão que carrega o elemento principal: o Jesus crucificado que há-de ser beijado por tudo quanto é gente boa. Ele os há que beijam o filho de Deus em todas as casas por onde passam. Eu, que desconfio que tanta beijoquice será pecado, beijo uma vez, a primeira e última, para o beijar novamente no ano seguinte.
E assim se passa o dia, o padre com a sua comitiva visitando pascalmente os lares que pedem bênção, os jovens que se divertem fingindo-se homens, os senhores que não resistem a desapertar as finas vestes e a voltar ao que são no dia-a-dia e as senhoras que se dividem entre as que se aventuram no copinho e na bochecha por ele rosada e as que mantêm a pose até à noite, para voltarem a ser mulheres no dia que se segue.
Ó ritual mais bimbo e ao mesmo tempo mais bonito, até para o ano.

 

Nota: a ideia do título foi roubada, e muito bem roubada atrevo-me a dizer, à Eugénia de Vasconcelos do Mátria Minha. O seu a seu dono, que eu não sou de roubar sem, pelo menos e por delicadeza, informar.


12
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:32link do post | comentar | ver comentários (5)

Anda o país em alvoroço porque em terras algarvias se criou um código de vestuário numa Loja do Cidadão. Ai!, que as pobres coitadas não se podem vestir como querem. Ai!, o Salazar que ressuscitou, aproveitando a boleia. Ai!, as liberdades, os direitos e as garantias.

É tão bonito de se ver que são aqueles que mais atentam, lei após lei, contra as liberdades individuais, quem mais enche a boca com a bonita palavra quando dá jeito.
Na Loja do Cidadão não se cometeu atentado algum à liberdade individual. É perfeitamente legítimo que se criem dress codes nos locais de trabalho, porque o trabalho não é a vida íntima. Mais importantes se tornam estes códigos quando se trata de um trabalho de atendimento ao público. Seria admissível ter uma senhora de cinco ligas à nossa frente para fazermos o cartão único? Ou ter um indivíduo de boxer apertado para satisfazer os apetites das senhoras? Claro que não.
Na rua, por mim, até nus deveríamos poder andar. No emprego, principalmente se formos empregados, temos de respeitar as normas estabelecidas. Querem liberdade dessa? Saiam da repartição e vão para onde as minissaias, os decotes exagerados e os boxers apertados são bem recebidos.

11
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:41link do post | comentar | ver comentários (4)

Bem sei que uma medida como esta não deveria surpreender em Portugal. No entanto, esta minha pobre esperança não me permite ficar passivo a ver monstruosidades tornarem-se leis. João Ferrão, secretário de Estado do Ordenamento do Território, veio propor uma lei com a qual, segundo o Público de ontem, “os proprietários de imóveis que se recusem a vender os seus edifícios para que um processo de reabilitação urbana que tenha condições para avançar poderão ser forçados pelo Estado a fazê-lo”.

O movimento de cosmética urbana que vem sendo moda de há alguns anos a esta parte quer agora, sem qualquer tipo de legitimidade, forçar os proprietários a vender os seus imóveis para que estes sejam “retocados”. Como é que o processo de irá desenrolar? Simples: o imóvel passa a ser gerido, sem ser necessário consentimento do proprietário, por uma entidade (como, por exemplo, sociedades de Reabilitação Urbana) que tratará de lhe atribuir um valor base e, de seguida, o vender em hasta pública, sendo que se o valor de venda não atingir o valor base definido pela entidade, esta cobrirá a diferença. Tudo a bem do sector da construção (o presidente da Federação, Reis Campos, veio mostrar-se muito favorável à medida), dotando, segundo João Ferrão, “o mercado dos instrumentos que faltam para que este segmento seja dinamizado”.
Será demasiado exigir respeito por parte do Estado e do Governo pela propriedade privada, por aquilo que pertence, por direito, aos indivíduos?

10
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:26link do post | comentar | ver comentários (8)

Alguns personagens afirmam à boca cheia que “todo o ser humano tem direito ao trabalho”, alguns, que primam pela redundância, acrescentam no fim “com direitos”, mas estes vou esquecer. A afirmação é bonita, como bonitas são tantas outras provenientes da boca das pessoas que a fazem, mas terá realmente fundamento?

O que significa ter direito a algo? Um direito é, simplesmente, uma vontade de um indivíduo que implica uma obrigação por parte de outro ou outros e cujo fundamento lhe dá legitimidade. Por exemplo, temos o direito à vida, pelo facto de a prezarmos e pelo facto de todos aceitarmos esse direito como tal; assim, todas as pessoas têm a obrigação de não me matar. Vamos aplicar isto ao trabalho. Eu quero ter um emprego remunerado, por isso, afirmo que tenho direito a tal. Mas para eu ter direito a um emprego remunerado, tem de haver alguém com a obrigação de mo dar. Haverá indivíduo ou grupo de indivíduos que tenha obrigação moral de me arranjar um trabalho? Não. É óbvio que não. Levemos a afirmação ao limite e imaginemos que todos exigíamos um trabalho remunerado a alguém. Quem seria o empregador?
Não existe, como é evidente, um direito ao trabalho. No entanto, pelo romantismo e beleza da afirmação ainda há quem a apregoe e ainda há quem a assimile, acriticamente, como certa. É só mais uma.
Tag:

09
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 12:36link do post | comentar | ver comentários (12)

Soube pelo sempre informado Luís Novais Tito que se havia criado mais dois PNET: um de economia outro de política. No fim, vejo que a coordenação é de Carlos Santos. Bom, fiquei com a pulga atrás da orelha e logo adivinhei que haveria um certo conjunto de blogues que, certamente, não figuraria  nas "recomendações". Não me enganei.

No PNET Economia falta o blogue português com o maior painel de economistas: O Insurgente. Curiosamente, o Carlos Santos tem vindo a travar uma verdadeira cruzada contra os "falaciosos neoliberais", o que me leva a crer que haverá aqui algum critério duvidoso na selecção dos blogues.

No PNET Política o escândalo é assombroso. Vejam bem: são quinze blogues. Nesses quinze blogues não consta, novamente, O Insurgente e notamos ainda a falta do Portugal dos Pequeninos, a Origem das Espécies ou Corta-fitas, que são tanto os mais lidos como os mais referidos blogues de política em Portugal. Vendo lá blogues pouco lidos como o Esquerda Republicana e de qualidade duvidosa como o Câmara Corporativa, fico a pensar em quais teriam sido os critérios de Carlos Santos.


08
Abr 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:53link do post | comentar | ver comentários (12)

«From a libertarian perspective, your generosity is reflected in what you do with your own money, not in what you do with other people's money. If I give a lot of money to charity, then I am generous. If you give a smaller fraction of your money to charity, then you are less generous. But if you want to tax me in order to give my money to charity, that does not make you generous.»

 

Arnold King, no Econlog


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 17:31link do post | comentar | ver comentários (1)

publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:08link do post | comentar

Excelente crónica em formato vídeo de Alberto Gonçalves sobre o anuncio que era da Antena 1, depois passou para o Bloco de Esquerda e que agora não é de ninguém, sumiu. Via O Insurgente.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:34link do post | comentar

Soube pela Jonas que uma marca holandesa copiou um dos originais da Rosa Pomar, que não conheço, para comercialização. O boneco é tão fora do comum que dificilmente haveria duas pessoas nesta Terra a ter a mesma ideia, por isso, só se pode retirar que foi realmente uma cópia mal disfarçada. Pessoalmente, pouco posso fazer pela Rosa para além de ajudar a divulgar a situação.

 

O blogue da Rosa Pomar é este e o site da marca holandesa é este, vejam com os vossos próprios olhos as semelhanças.

 


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 11:26link do post | comentar

O Tomás Vasques e o Francisco José Viegas não podiam ter mais razão na questão da nova proposta de punição do enriquecimento ilícito. Pretender inverter o ónus da prova num tipo de crime, seja ele qual for, abre um precedente perigosíssimo e pode até por em causa os mais básicos fundamentos do regime que pretendemos democrático. Percebe-se que o João Gonçalves considere que é um "atalho" a inversão do ónus da prova, ou seja, que o processo de culpabilização ou não seria muito mais simples. No entanto, arrisco-me a dizer que os benefícios da criação de tal atalho ficariam muito àquem dos prejuízos. Basta imaginar, neste Portugal dos Pequeninos, a quantidade de pseudo-denúncias que seriam feitas a toda a gente que tivesse um carrinho melhor que um Fiat Uno e a quantidade de inocentes que teriam de ir a tribunal com facturas, recibos, folhas de ordenado e até, quiçà, boletins do euromilhões, para provar que não fizeram mal a ninguém. Se alguém me acusar de algo, o mínimo que tem de fazer é provar a acusação. Porque todo o cidadão se presume inocente até prova do contrário e não o inverso.


arquivo do blogue
2009:

 J F M A M J J A S O N D


2008:

 J F M A M J J A S O N D


pesquisar