A máfia da blogosfera
28
Fev 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 21:07link do post | comentar | ver comentários (2)

 

Ana Gomes

 

 

Júlia Pinheiro


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 20:07link do post | comentar | ver comentários (2)

O momento mais aguardado chegou e o cabeça de lista às eleições europeias é Vital Moreira. Um dos pais da Constituição, former-commie, é quase o líder espiritual dos socialistas na blogosfera. Uma boa escolha? O povo o dirá.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:18link do post | comentar | ver comentários (2)

Acho que nunca num Congresso partidário se ouviu tantas vezes a palavra "medo". Provavelmente significa alguma coisa.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 19:11link do post | comentar | ver comentários (3)

Foi a vez de António Vitorino intervir. O discurso, que foi das novas fronteiras às críticas à convergência da esquerda, foi completamente distituído de ideias. Foi um discurso gritado cujo objectivo era levar a multidão à catarse e o orador ao estatuto de adorado, legitimado pelos constantes aplausos. Não faria mal de início dizer ao que vinha, quem sabe proferindo um "Cantando espalharei por toda a parte os feitos deste nosso ilustre Peito Socialista". Diz que os socialistas modernos, moderados e responsáveis gostam de citar poetas e filósofos.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:47link do post | comentar | ver comentários (2)

É triste quando, num Congresso com 1700 delegados do maior partido político deste Portugal, todas as intervenções são tão marcadas por uma reverência tão descarada a José Sócrates. A crítica é a excepção que confirma a regra e apenas a ouvi em situações singulares e enfiada no meio das adjectivações expressivas que mostravam um líder quase sobre-humano. É um desfile de lambe-botas e de parasitas, que dependem das palavras ali proferidas para meterem comida na mesa nos próximos quatro anos. É o circo democrático no seu esplendor. Pois que continuem, que os lugares a distribuir são muitos e Ele gosta.

 

Fotografia: Pedro Azevedo/Sojormedia [aqui]


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:41link do post | comentar | ver comentários (1)

Almeida Santos acaba de pedir ao dono do carro 02-30-BP (será Constâncio?) que retire a viatura do sítio onde está. Ser Presidente de um Grande Partido da Esquerda Democrática custa.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:33link do post | comentar

 

 Feito, obviamente, por esta malta.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 18:27link do post | comentar

O Vieira da Silva bota discurso sobre essa direita irresponsável que rejeita uma segurança social, um sistema de saúde e um banco públicos. É chamar reforços e malhar neles!


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:38link do post | comentar | ver comentários (1)

 

Correia de Campos no Congresso do PS


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:26link do post | comentar

Parabéns ao Insurgente pelo seu quarto aniversário na blogosfera. É obra!


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:06link do post | comentar | ver comentários (1)

O Camarada Benjamim Carvalho, julgando-se no Parlamento (um pequeno delírio que se permitiu), proferiu aquela que deverá certamente ficar nas melhores frases deste Congresso. Cito de memória: "Nem vou falar das melhorias na sociedade. Não é que sejam muitas, o tempo é que é pouco". É isso, é isso.

 

Adenda: no final queixou-se que o congresso foi pouco democrático ao não aceitar as suas sete moções. Vai ser excomungado.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:47link do post | comentar | ver comentários (1)

O Rodrigo Vieira de Oliveira, cujo crósse certamente impressionou Almeida Santos, acabou de defender que qualquer governo que ganhe as eleições deve controlar os sindicatos putrefactos e a comunicação social que abusa da sua liberdade. Certamente será um enviado de Manuela Ferreira Leite para denegrir a imagem do Partido.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:44link do post | comentar

O Almeida Santos é um piadístico.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:36link do post | comentar | ver comentários (1)

O Camarada Mário Mourão está a fazer uso da palavra. O tema é a crise financeira. Os lugares-comuns mostram que nada sabe do que à economia diz respeito. Pior, a forma como está a ler os cartões mostra que nem as competências de leitura domina.

 

No fim, diz exaltado, 'viva o camarada José Socas!'


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:34link do post | comentar | ver comentários (3)

Não estou em Espinho (era o que faltava!), mas descobri que o PS está a transmitir as intervenções online. Por isso, vou aqui fazer uma espécie de emissão com alguns comentários sobre os intervenientes.


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 15:04link do post | comentar

«De acordo com a Lusa, um responsável do sector intelectual do Partido Comunista Chinês, Leng Rong, chefia a delegação da China ao congresso do PS português. Rong, de 56 anos, é membro suplente do Comité Central do PCC, vice-secretário da organização comunista no seio da Academia Chinesa de Ciências Sociais e director do Centro de Investigação Histórica do Partido. Augusto Santos Silva tem pois um interlocutor de gabarito e à sua altura.»

 

Rui Bebiano, no A Terceira Noite


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 14:28link do post | comentar

O Bloco de Esquerda está a assinalar dez anos de existência. É certo que é um partido singular, aumentou o seu eleitorado de uma forma exponencial desde Fevereiro de 1999. Mas a que custo? À custa da manipulação de quem não sabe do que se fala, à custa da demagogia e da pobreza do debate, à custa do aproveitamento das fragilidades alheias para lhes incutir revolta, em vez de ajudar construir verdadeiramente um país melhor. Hoje como agora o Bloco de Esquerda não é um partido político. Não é um partido político porque política significa trabalhar para o bem comum e não é isso que o Bloco de Esquerda faz. Envolto numa máscara de partido revolucionário e cujas ideias nos levariam à utopia, pretende o poder pelo poder. Não, pretende ser contra-poder, conceito interessante este. Pretende ser o eterno obstáculo a tudo, sejam as medidas certas ou erradas. Dizem que são o partido do futuro. Pois comigo não contem.

Deixo aqui um vídeo feito por eles, que chega perfeitamente, mesmo tendo sido feito por eles, para nos apercebermos do que aquilo é.

 

 


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 13:10link do post | comentar | ver comentários (1)

Uma visita ao site da Fnac permite-me ver o seguinte top de vendas:

 

1. Eclipse - Stephanie Meyer

2. Mude a Sua Vida em Sete Dias - Paul Mckenna

3. Lua Nova - Stephanie Meyer

4. O Regresso da Economia da Depressão e a Actual Crise - Paul Krugman

5. Crepúsculo - Stephanie Meyer

6. O Vendedor de Sonhos - August Cury

7. Seja mais esperto que a crise - Luís Miguel Gomes, Ferreira Lopes

8. O Rapaz de Pijama às Riscas - John Boyne

9. O Assassino Inglês - Daniel Silva

10. Breaking Down - Stephanie Meyer

 

Conclusões que retiro: a Stephanie Meyer no próximo ano ganha um Nobel e os verdadeiros escritores estão rendidos ao consumismo natalício.

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publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 10:58link do post | comentar

«O cartão de cidadão é um documento e pêras. Fazê-lo, então, é uma experiência alucinante. Colocamo-nos em frente ao robot que nos tira as medidas, fotografa e regista as impressões digitais.

É tudo incrível, mas depois queremos pagar e não há multibanco. Nada. Nem uma caixa à porta e o dinheiro das funcionárias está arrumado num envelope na gaveta da secretária.

Ainda assim tive sorte, porque quem me atendeu confiou em mim. Passo a citar: «vá lá [ao multibanco], que eu confio em si». Bonito seria se não confiasse. Tinha de me obrigar a cunhar ali doze euros.(...)»

 

JCS, no Lóbi


publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 09:22link do post | comentar | ver comentários (9)

Tal como escrevi no último post, nos primódios do socialismo havia desigualdades sociais quase que impostas pelos próprios Estados: a aristocracia era detentora da riqueza e ao povo cabia trabalhar e, se assim entendesse, tentar sobreviver. Dado que apenas a aristocracia e alguma burguesia tinha dinheiro para investir verdadeiramente, as oportunidades estavam condicionadas à partida: nem todos estavam no mesmo patamar. Isto levou, realmente, a uma subvalorização quase dramática dos trabalhores e a uma sobrevalorização dos empresários (capitalistas, como o pessoal gosta de lhes chamar - como se fosse ofensivo). Mas isto aconteceu exactamente, e curiosamente, por causa da intervenção do Estado na fase anterior: apenas alguns tinham riqueza, apenas alguns tinham estudos, a maior parte não tinha nada. As políticas sociais, à data, foram apenas a forma como os Estados tentaram resolver o problema. Se não ganham naturalmente, pois que ganhem por decreto. Surgiram os Welfare Sistems (finais do século XIX na Europa e princípios do século XX na América).

O problema é que, à altura, uma política de redistribuição do rendimento que beneficiasse pobres era apenas o remediar do erro de uma política de redistribuição que beneficiava ricos. Cometeu-se um erro para tentar tapar outro. A coisa funcionou, basicamente, num esquema Robin Hood. Fez sentido à data.

No entanto, e apesar de ter feito sentido na altura fazer-se algo do género, actualmente isto é completamente distituído de significado. Actualmente, e apesar de as oportunidades continuarem a não ser as mesmas à partida, o problema não é sequer semelhante ao de antes e, ainda assim, as políticas sociais de agora são muito mais "pesadas" que na altura.

Actualmente temos aquilo que é mais desejável para uma economia: uma classe média. Temos uma grande parte da população neste limbo entre ricos e pobres e toda a economia, se deixada a funcionar, levará a que haja uma convergência para este centro: os pobres, pelo trabalho (e não a ser sustentados por dinheiro roubado aos outros) tornar-se-ão mais abastados e os ricos, a certa altura acabarão por perder o dinheiro que possuem por algum episódio de incompetência (esta crise é disso demonstrativa).

O Estado, ao precipitar tudo através das políticas sociais faz com que pareça não haver problema quando o sistema está todo podre: mete a carpete em cima do buraco. Se um pobre se tornar abastado com o dinheiro dos impostos alheios, certamente contribuirá para que haja menos desigualdade na repartição do rendimento. No entanto, sabemos que essa "contribuição" não foi pela via normal, não foi pelo trabalho: tirou-se de outros para lhe dar a ele em vez de ele produzir para enriquecer sem ser às custas dos outros. O sistema é semelhante ao que agora se faz com os certificados de habilitações: as pessoas têm a quarta classe, dá-se-lhes um diploma do 9º ano, ou seja, faz-se estatística sem que a pessoa tenha realmente as competências de um 9º ano. A única diferença, para que eu seja rigoroso, é que no primeiro caso a pessoa fica com dinheiro e no segundo caso as competências mantêm-se, mas percebe-se a ideia.

Depois há o problema de fundo: ao promoverem políticas sociais, ou seja, formas de o país sustentar os pobres, o Estado desincentivará  esses pobres a trabalhar. A situação acaba por se perpetuar e aqueles pobres, acomodados à situação, permanecerão empecilhos para os outros, empecilhos que os outros são obrigados a sustentar.


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