À beira do fim do mandato, George W. Bush confirmou a sentença de morte de um militar – o primeiro a ser executado desde 1957 nos Estados Unidos, onde é necessária a expressa autorização presidencial para consumar uma sentença capital de um membro das forças armadas, tenha cometido o crime que tiver. Bush desenterra assim uma tradição que estava suspensa desde o mandato do Presidente Eisenhower, o último militar a habitar a Casa Branca. (...)
O slogan é o mesmo, a imagem e o tipo de comício também. Eu não percebo muito de marketing, mas a jogada é perigosa e as críticas podem vir de qualquer lado. Tolo, Sócrates, tolo.
Um deputado social-democrata moderninho diz que a nova lei do divórcio é «uma inovação» no País face à legislação europeia. Pode ser. Mas o espírito das leis é uma coisa – e a aplicação é outra. O legislador (o Parlamento, enfim) devia pensar no assunto em vez de aprovar leis feitas para um mundo ideal onde habitam pessoais ideais e em condições ideais. Nunca é assim. As pessoas concretas, os seus problemas e a maldade habitual acabam por lutar contra as leis para serem mais felizes ou aproveitar-se delas para passarem adiante. Pode ser que eu esteja a ser conservador mas não tenho medo da palavra; simplesmente, basta imaginar divórcios litigiosos concretos (agora exterminados por diploma) para perceber que quem vai sofrer são os mais fracos. Neste caso, as mais fracas.
Portugal tem médicos a mais. Já sei que esta observação não me vai trazer nenhum prémio de popularidade, mas também não é esse o meu propósito. Portugal tem cerca de 340 médicos por 100.000 habitantes e a média da OCDE é de 310.Temos tantos médicos, em percentagem da população, como a França, a Dinamarca, a Finlândia ou a Itália. A Espanha, aqui ao nosso lado, tem apenas 330 médicos por 100.000 habitantes e os países anglo-saxónicos têm menos. O RU tem 250 e os EUA têm 240. (mais)