A máfia da blogosfera
14
Jul 09
publicado por Tiago Moreira Ramalho, às 16:36link do post | comentar

Não querendo parecer fundamentalista, parece-me que a única heresia possível será a de pedir um retorno ao passado. Não é muito progressista na aparência. Mas só se regressarmos ao passado, reduzindo o poder estatal, criando contrapesos e freios e clamando mais liberdade individual é que poderemos progredir. Hoje, pedir isso em países como o nosso, é coisa para fogueira.


Qual passado?

Não me parece que em termos de liberdade individual (e ainda é pouca) existe na nossa história maior do que a que usufruimos agora.

Quanto ao poder estatal, não me parece minimamente relevante, a diminuição é de outro poder, o poder instalado.
Stran a 14 de Julho de 2009 às 16:55

Estou a falar de um passado global no ocidente. Não estou preso a Portugal neste post em particular. Nem tão-pouco o está o texto que linko.

Fui "traido" pela tua ultima frase. Pensei que te estavas a referir ao nosso país em particular.

Quanto à heresia de um regresso ao passado, não me parece nem heresia nem progressista. Primeiro porque foi algo que durante os ultimos anos foi feito ou pelo menos tentado (principalmente na questão do peso do Estado).
Depois porque não vai contra as mentes actuais.






Stran a 14 de Julho de 2009 às 17:20

Stran,

Não me vais dizer seguramente que tem sido experimentado o recuo no peso do Estado. É que nunca os Estados pesaram tanto como agora! O Estado portugues pesa 50% da economia.

Vai contra as mentes actuais sim. A partir do momento em que liberal é utilizado como termo ofensivo no debate público, vai contra.

Acha mesmo que dantes (antes de Keynes?) havia mais liberdade individual no Ocidente?

Não estou a falar de antes de Keynes, pelo amor de Deus!
Estou a falar da segunda metade do século XX, quando se iniciou o processo de globalização.

E não estou a falar só de liberdades civis, aliás, nem me refiro explicitamente a essas. Estou a falar de liberdades económicas: poder fazer o que quiser com o meu dinheiro e ser livre, verdadeiramente livre, nos aspectos que apenas dizem respeito a mim próprio.

"...nos aspectos que apenas dizem respeito a mim próprio"

Mas os conflitos maiores aparecem apenas nos aspectos que não te dizem respeito a ti próprio.
Stran a 14 de Julho de 2009 às 22:11

Não percebi...

O que quis dizer é que no que respeita às liberdades economicas tu és completamente livre "nos aspectos que apenas dizem respeito a ti próprio".

Os unicos problemas ocorrem em temas que dizem referente à sociedade. Ou seja em temas que o aumento da tua liberdade implica uma diminuição de liberdade dos outros.
Stran a 14 de Julho de 2009 às 23:48

Temos acepções diferentes sobre o que é que é privado e o que é público...

Sim sem duvida, embora o que apontei é pré questão publico vs privado
Stran a 15 de Julho de 2009 às 10:32

Compreendo.
É um erro frequente, a confusão de liberdade económica com liberdade num sentido lato, e eventualmente a substituição da primeira pela segunda como se só essa interessasse realmente.

Entretanto, finalmente e ao fim de meses, pelo que peço desculpas, deixei um post que é uma primeira exploração de porque precisamos de "governos".
(ainda se lembra dessa discussão?)

Honestamente não me lembro. Eu alguma vez disse que não precisavamos de governos?

Se bem me lembro, agora que me obriga a puxar pela memória, foi no contexto especifico da função social do estado, solidariedade "imposta" pelo estado vs iniciativa individual.

Na altura fiz um esboço do texto que agora publiquei, por isso quando voltei a ele limitei-me a fazer a conclusão.

Ok... prometo entao avançar mais argumentação nesse sentido. O que ali está é um ponto de partida muito genérico.
l.rodrigues a 15 de Julho de 2009 às 14:12

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