O beija mão dos padrinhos
Participo em três blogues, mantenho com a dificuldade de um pai divorciado em tempo de crise uma página no Facebook e divido uma conta a descoberto no Twitter com a Blip Fm para as musiquetas que me fazem (tristeza) sentir mais novo. No meio disto, aqui o Tiago convidada-me a fazer uma perninha e escrever-lhe um post. Grátis, ainda por cima. É preciso ter mais lata do que a personagem do Feiticeiro de Oz.
Para que saibam, só aceitei por ser para ele. Sim, porque a vós não os conheço de lado algum e sou conhecido por dar pouca graxa (nenhuma é impossível) e ser o gajo menos indicado para incluir numa cadeia de favores ou outra quejanda.
No entanto, antevejo no Tiago o futuro na sua melhor expressão: alguém com inteligência, juízo crítico, sentido ético e uma idade para onde tudo isso converge, concentrado numa vontade de participação positiva. Quem não gostar do Tiago, partilhe ou não as suas ideias (eu, por exemplo, não sei se partilhe porque ignoro quais sejam) é "parvo" no sentido etimológico latino. Pequeno, pequenino.
Com azar (para Portugal), daqui a dois ou três anos o Tiago está a viver noutro país qualquer. Com sorte (para nós que o lemos) tanto faz que esteja ou não porque isto do digital não tem fronteiras.
É bom poder conhecer alguém assim, que podia ser nosso filho, como um igual a nós agora e, no futuro, um maior. Vai para ele um abraço e, para O Afilhado, a certeza de que aqueles que o lêem serão, sempre, os melhores padrinhos.
João Villalobos (do também meu Corta-fitas)